Feijão causa gases? Aprenda truque fácil para evitar desconforto

Quem nunca comeu um prato de feijão e depois ficou com gases no intestino? A culpa é do fitato, uma substância que dificulta o processo digestivo e está presente não só feijão como nas leguminosas em geral, incluindo grão-de-bico, soja, ervilha e lentilha.

Além disso, o feijão tem um tipo de carboidrato chamado oligossacarídeo, que não pode ser digerido completamente pelo nosso intestino, dando origem ao processo de fermentação e formação de gases. A boa notícia é que dá para evitar o desconforto abdominal com um truque simples.

A técnica, conhecida como "remolho", era algo recorrente na casa das avós. Basta deixar o feijão de molho de 12 a 48 horas antes de cozinhá-lo. Na hora de colocar na panela, descarte a água do molho e cozinhe com uma água nova.

Deixar o feijão de molho de um dia para o outro, antes de cozinhá-lo pela manhã, tira do feijão substâncias que podem dar gases
Deixar o feijão de molho de um dia para o outro, antes de cozinhá-lo pela manhã, tira do feijão substâncias que podem dar gases Imagem: iStock

Com esse processo, o grão se torna mais digerível e o fitato é eliminado, diminuindo as flatulências, conforme explica a nutricionista Thais Barca, no terceiro episódio da décima temporada de Conexão VivaBem.

"Quando for iniciar o preparo, comece com a panela aberta. Vai subir uma espuminha, que você pode ir tirando com uma colher. Assim que parar de produzir espuma, tampe a panela e finalize o processo", acrescenta Barca.

Além de diminuir a formação de gases para quem for consumir o alimento, a prática também deixa o feijão menos duro, o que reduz o tempo necessário para cozinhá-lo.

Por que algumas pessoas têm mais gases depois de comer feijão do que outras?

Um dos fatores que justificam o fato de algumas pessoas formarem mais gases depois de comerem leguminosas é a sensibilidade gastrointestinal. "Há pessoas que são mais sensíveis na parte gastrointestinal e vão ter mais facilidade de produção de gases", explica a nutricionista.

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Outro ponto a ser levado em consideração é a microbiota intestinal, nome que se dá aos trilhões de microrganismos que vivem no nosso intestino. Prática de atividade física, hidratação e alimentação são alguns dos fatores que podem influenciar a microbiota.

"A microbiota é ajustada ao longo da vida de acordo com o estilo de vida, que vai determinar se vai ter ou não um equilíbrio das bactérias que vivem no nosso intestino e que vão fermentar mais ou menos esses alimentos também", diz Barca.

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