Breaking nas Olimpíadas: 'Fiz aula para conhecer e agora quero torcer'

Passos rápidos, giros e acrobacias. O breaking, um estilo de dança urbana que surgiu nos Estados Unidos na década de 1970, ganhou status de esporte e se tornou uma das novas modalidades das Olimpíadas de Paris 2024. Vai ter roda de batalha e muito "yeah, yoh" na terra do croissant, sim.

O Brasil não tem uma equipe representando o país nesta edição. A última oportunidade de classificação rolou no fim de junho, no Olympic Qualifying Series, o OWS, em Budapeste, na Hungria. Os dois representantes brasileiros que tentaram a vaga, o b-boy Leony Pinheiro e b-girl Mayara Collins, não conseguiram nota suficiente para carimbar o passaporte para a França, mas postaram em suas redes sociais que seguiam orgulhosos até onde chegaram.

Em entrevista para o UOL em novembro de 2023, Collins disse que juntar a dança com as Olimpíadas impede que a cultura do breaking se perca. "Não tem como perder. A saída acontece, esse intercâmbio, esse conhecer pessoas continua acontecendo. Têm pessoas que eu nem conheceria se não fosse pelo break esportivo", diz.

Cada país pode ter até quatro representantes no breaking olímpico —dois homens e duas mulheres. No total, a modalidade contará com 32 atletas que farão movimentos de improvisos de acordo com o som tocado pelos DJ´s durante a competição.

Dança é esporte Olímpico?

Competições de breaking não são novidade. Elas acontecem desde a década de 1990 e se tornaram muito populares dentro das comunidades de hip hop —já que o estilo é uma mistura dos passos do ritmo do gênero musical com acrobacias e footwork (movimento com os pés) estilizado.

Em 2018, a modalidade apareceu nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Buenos Aires, na Argentina. Por conta de seu sucesso, foi escolhido para integrar os outros esportes nas Olimpíadas de Paris em 2024, trazendo o público jovem junto com o skate e o surfe.

Aprendendo a dançar

Durante o período olímpico, a rede de academias Bio Ritmo dará aulas especiais para os alunos que querem conhecer um pouco mais da modalidade. Na prática, trata-se de uma aula de hip hop com alguns passos de breaking para iniciantes —afinal, não dá para exigir cambalhotas na primeira tentativa.

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Eu, que amo dançar, aceitei o convite e fiz uma aula de quase duas horas, dividida em três professores. Cada um deles ensinou alguns passos que, em conjunto, montaram uma coreografia completa.

O começo foi fácil. Primeiro foram ensinados alguns movimentos de braço e um suingue para entrarmos no clima do ritmo. Mas a dificuldade foi aumentando. O trabalho de pés é mais difícil de fazer até para quem tem costume de dançar —e fica ainda pior quando você precisa coordenar com os braços.

Mas depois de tantas repetições, consegui aprender uns 80% do que foi ensinado. Se você nunca dançou, vai ter um pouquinho de dificuldade para seguir a aula até o fim —e de ter fôlego para não parar por 90 minutos.

Eu gostei muito. Já tinha feito aula de hip hop outras vezes e consegui perceber nuances diferentes com o breaking. Torcendo para que nas próximas Olimpíadas a gente possa torcer para o Time Brasil.

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