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Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Cheia de ácaros e bactérias, cama tem jeito certo de ser higienizada; veja

Imagem: Getty Images

Colaboração para VivaBem*

30/07/2024 15h58

Sabia que mesmo parecendo limpinha, sua cama pode estar repleta de células mortas da pele, saliva, suor, caspa e até restos de alimentos?

A múltipla função da cama a torna um local perfeito para a proliferação de uma variedade de germes, bactérias, fungos, vírus, pragas, ácaros e até insetos. Esse grupo de micro-organismos e parasitas pode provocar doenças, como alergias, rinite, asma e diversas lesões na pele.

Os micro-organismos se alimentam de matérias orgânicas e se reproduzem em lugares quentes e úmidos, ou seja, a roupa de cama, os travesseiros e o colchão são ambientes propícios para o crescimento de germes e parasitas. Por isso, nada de colocar toalha molhada, celular, calçados, roupa suja, bolsa, entre outros objetos sobre o local onde você dorme.

Trocar de roupa e evitar pets

Imagem: Getty Images/iStockphoto

Uma dica é não se sentar na cama com a roupa que chegar da rua. Imagine a quantidade de bactérias encontradas em um assento de transporte público, de um hospital ou de uma praça. Não as leve para dentro do ambiente em que você descansa. O ideal é se vestir com peças limpas antes de esticar o corpo, a fim de evitar a colonização do leito e a exposição a micro-organismos.

Deixar o animal de estimação subir ou dormir na cama é outra questão a se evitar. Não é perigoso ao ponto de transmitir doenças, mas passa longe de ser higiênico. O que, na visão do dono, seria uma manifestação de carinho e afeto, pode trazer problemas, pois cães e gatos podem circular por ambientes não controlados repletos de sujeira. Além disso, eles podem ter dermatite, infecções ou parasitoses que trazem riscos.

Cada espécie, seja humana ou animal, tem uma flora bacteriana específica. Nossa boca, por exemplo, é repleta de bactérias, que são diferentes das presentes na flora dos cães, que por sua vez são diferentes da dos gatos. Contato íntimo com outras espécies, seja dormindo na cama ou recebendo lambidas, pode nos colocar em contato com bactérias habituais para nossos pets, mas não para nós. Sumire Sakabe, infectologista

Mas não há motivo para alarde se a higienização é feita com frequência e de forma adequada, pois simplesmente tudo, inclusive o nosso corpo, é colonizado por bactérias, que não são necessariamente patogênicas (capazes de causar doenças).

Como cuidar melhor da limpeza

Imagem: Getty Images

Diante da onipresença do enorme grupo de micro-organismos e pragas em lençóis, fronhas, cobertores, travesseiros e colchões é preciso caprichar na limpeza. Esse é o principal recurso para evitar a proliferação de doenças.

Para matar os micro-organismos e insetos presentes nos lençóis, recomenda-se lavá-los com água e sabão, com a água em temperatura alta. "É imprescindível secar bem essas roupas para que a umidade não seja um atrativo para esses germes", diz Giovanna Marssola, infectologista.

A frequência da troca deve ser imediata em caso de restos alimentares, sujeiras visíveis ou umidade, de acordo com a infectologista. Caso contrário, a sugestão é trocar uma vez por semana e deixar o quarto iluminado e arejado.

Já o colchão, que geralmente tem vida útil de até dez anos, deve ser higienizado a cada seis a 12 meses, caso a cama não seja utilizada como espaço para comer e jogar roupas molhadas e sujas. Outra dica é usar capas protetoras antiácaros e lavar e aspirar os travesseiros com regularidade.

Vinagre, álcool líquido e bicarbonato de sódio são produtos frequentemente citados em receitas caseiras como solução para matar germes existentes no colchão. No entanto, tome cuidado para que não se tornem mais um atrativo para micro-organismos ao deixar umidade residual, alerta Marssola. "Pode-se aspirar e passar pano úmido com desinfetante, desde que deixe secar por completo em ambiente arejado e iluminado."

Se possível, deixe a janela aberta por umas duas horas todos os dias. E não coloque seu colchão ou travesseiro no sol. Apesar de sua luz realmente matar os micro-organismos na superfície, os que estão alojados lá dentro se beneficiarão do aumento da temperatura para se proliferar com maior rapidez.

*Com informações de reportagens publicadas em 02/06/2024 e 04/09/2023

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