Qual é o tempo máximo que uma pessoa consegue ficar sem piscar os olhos?
Todo mundo já brincou de ver quem consegue passar mais tempo sem piscar os olhos. Mas nunca demora muito para os olhos lacrimejarem e o jogo terminar.
Nós piscamos para deixar os olhos sempre úmidos e limpos: ao piscar, renovamos o filme lacrimal (a lágrima) e evitamos o ressecamento ocular. Com isso, agentes externos, como poeira ou outros elementos, são impedidos de entrar em contato direto com a córnea, o que causaria irritação ou infecções.
Em geral, pessoas adultas piscam de 15 a 20 vezes por minuto, mas este número pode variar de acordo com a atividade que estamos fazendo. Até porque outra função do ato de piscar é dar um descanso momentâneo ao cérebro.
Essas breves pausas, que podem durar uma fração de segundo, foram monitoradas por pesquisadores da Universidade de Osaka, no Japão. Cerca de 20 voluntários tiveram sua atividade cerebral registrada enquanto viam uma comédia.
Em pontos em que aconteciam interrupções naturais na narrativa, a parada provocou um piscar de olhos espontâneo nos indivíduos. Ao mesmo tempo, a área ligada do cérebro que ajuda na concentração teve uma leve diminuição da atividade.
Bebês piscam menos
Já os bebês abrem e fecham os olhos, no máximo, duas vezes por minuto. Ainda não se sabe exatamente porque isso acontece, mas algumas teorias dizem que, como a habilidade de enxergar ainda é incompleta, eles se esforçam ao máximo para absorverem toda a informação visual.
Outras teorias apontam que, por seus olhos estarem bem protegidos por suas aberturas menores ou por dormir durante muito tempo, não seria preciso piscar por tanto tempo.
A quantidade de vezes que piscamos aumenta ao longo da infância. Por volta dos 14 anos, por exemplo, a frequência é de dez piscadas por minuto. Pense nisso antes de brincar de ficar sem piscar com uma delas novamente.
Não existe um recorde oficial de pessoa que ficou mais tempo com os olhos abertos. Mas sabemos que o filme lacrimal tem duração máxima de 14 segundos antes de ser renovado.
Fontes: Pedro Antonio Nogueira Filho, oftalmologista membro do Conselho Brasileiro de Oftamologia; Ticiana Fujii, oftalmologista especialista em Retina e Vítreo.
*Com informações de matéria de novembro de 2022
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