Coração de titânio é implantado pela primeira vez em paciente nos EUA

Um homem de 58 anos nos EUA se tornou a primeira pessoa a sobreviver por vários dias com um coração de metal, após seu próprio órgão entrar em falência terminal.

O que aconteceu

O paciente permaneceu oito dias com o coração artificial, feito de titânio, implantado pela primeira vez na história da medicina no dia 9 de julho, em um hospital do Texas (EUA). A cirurgia foi realizada por especialistas do Baylor St. Luke's Medical Center, que colocaram o THA (Coração Artificial Total) no paciente, até ele receber o coração de um doador.

O TAH é um dispositivo médico desenvolvido para substituir ambos os ventrículos de um coração humano falhando. É utilizado principalmente como uma ponte para transplante, proporcionando suporte circulatório temporário para pacientes com insuficiência cardíaca biventricular grave até que um coração doador esteja disponível.

Tecnologia utiliza sistema de levitação magnética de trens. O TAH desenvolvido pela empresa BiVACOR utiliza a mesma tecnologia de levitação magnética usada em trens de alta velocidade (MagLev). Essa tecnologia permite que o rotor do coração artificial seja suspenso sem contato, eliminando o desgaste mecânico e minimizando o trauma sanguíneo.

O artefato de titânio possui um design inovador. Ele não tem válvulas e funciona com uma única parte móvel, fornecendo sangue aos pulmões e ao corpo, substituindo os ventrículos falhos do coração humano.

O coração artificial é projetado para minimizar o desgaste mecânico e o trauma sanguíneo. Ele oferece uma solução durável, confiável e biocompatível para pacientes com insuficiência cardíaca severa, segundo os especialistas do Texas Heart Institute, responsáveis pela experiência.

O TAH é alimentado por um controlador externo portátil, proporcionando uma solução prática e eficiente para pacientes enquanto aguardam um transplante de coração. O objetivo do estudo é testar a segurança e o desempenho do TAH como uma solução de ponte para transplante em pacientes com insuficiência cardíaca severa, onde dispositivos convencionais não são recomendados.

Dr. Joseph Rogers, do Texas Heart Institute, destaca o impacto significativo do TAH para pacientes à espera de transplante, oferecendo uma nova esperança para o tratamento da insuficiência cardíaca. A tecnologia pode transformar a maneira como pacientes com insuficiência cardíaca terminal são tratados.

A insuficiência cardíaca afeta 26 milhões de pessoas no mundo, incluindo 6,2 milhões nos EUA, com uma crescente demanda por transplantes e suporte mecânico circulatório. A nova tecnologia pode ajudar a mitigar essa crise.

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