Refrigerante light ou suco em lata, o que é melhor para emagrecer?

Você está de dieta e em dúvida se é melhor optar por um refrigerante light ou suco pronto? Saiba que ambos podem custar caro para a saúde. Eles são ricos em ingredientes que, em excesso, estão ligados a doenças como diabetes e obesidade.

"Na verdade, o ideal seria excluir definitivamente os sucos industrializados e refrigerantes da alimentação diária, preferindo a água ou o suco feito na hora com a fruta", comenta Indiomara Baratto, nutricionista, doutora em ciências da saúde e obstetrícia pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Na prática, sabemos que é difícil abolir o consumo totalmente, mas reduzi-lo e deixar essas bebidas para ocasiões mais especiais é uma boa.

Se formos olhar a composição dos dois, até há uma pequena vantagem do suco pronto, pois ele leva fruta, mesmo que em pequena quantidade, mas isso não faz dele um produto saudável.

Suco, mas só às vezes

Boa parte dos sucos industrializados é do tipo néctar, que tem pouca quantidade da fruta e muito açúcar. Se a bebida for do tipo em pó, como é comumente vendida junto com os lanches de rua, o teor de fruta pode ser somente de 1%. Fora que essas categorias podem ser quase tão ricas de aditivos quanto os refris.

O melhor mesmo é o feito na hora. Mas, se tiver que optar por um pronto, fique com os integrais, que não têm adição de água ou conservantes, e ainda preservam mais nutrientes da fruta. Eles continuam ricos em açúcar, mas o naturalmente presente nas frutas. Neste caso, sim, o suco é uma escolha mais equilibrada para o organismo do que o refrigerante.

E o refrigerante light?

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Imagem: iStock
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Ao iniciar uma dieta para emagrecer, muitas pessoas trocam o refrigerante normal pelo zero (ou diet). A substituição até parece fazer sentido, afinal a bebida zero não tem calorias nem açúcar, alimento que, em excesso, é um dos grandes responsáveis pelo ganho de peso.

Porém, em uma alimentação saudável, devemos olhar para além das calorias. Assim como o normal, o refri zero é uma bebida ultraprocessada. Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, esse tipo de produto deve ser evitado, pois a maioria de suas substâncias é artificial e há poucos ingredientes naturais.

Estudos mostram que o consumo regular de alimentos ultraprocessados está associado a diversas doenças, como diabetes, pressão alta, infarto e obesidade, além de elevar o risco de ter 34 tipos de câncer (alguns raros).

Geralmente, refrigerantes zero, light ou diet contêm adoçantes artificiais. A alta ingestão desses compostos químicos já foi associada, inclusive, ao ganho de peso, por confundir os receptores de insulina (hormônio responsável pelo acúmulo de gordura corporal).

Por último, chama a atenção a quantidade de corantes, conservantes, acidulantes, edulcorantes e outros aditivos. Apesar da quantidade de aditivos químicos presentes numa latinha ser considerada segura pelas entidades regulatórias, o exagero no consumo delas pode ser ruim, por isso o apelo para que alimentos e bebidas tenham o mínimo de ingredientes desconhecidos possível.

*Com informações de reportagens publicadas em 12/12/2019 e 10/02/2023

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