Afeta carreira e relações: 10 frases típicas da síndrome do impostor
Colaboração para VivaBem*
13/08/2024 17h50
Achar que chegou em determinado cargo por obra do acaso, não acreditar no lado profissional e se autossabotar em diversas situações. Esses são alguns dos sintomas da síndrome do impostor, condição que assombra principalmente as mulheres.
Segundo os especialistas, embora não haja tantos estudos conclusivos sobre o tema, o fato de ser mais comum no gênero feminino se deve a aspectos sociais, como o fato de historicamente as mulheres terem ingressado mais tarde no mercado de trabalho e até hoje terem salários e posições de chefia diferentes dos homens. Por isso é mais comum ver o problema se manifestar nelas no âmbito profissional. Em homens, a condição pode ser mais observada no meio acadêmico, que envolve pesquisas, mestrados, doutorados.
Causas e efeitos
Em ambos os sexos, a origem pode ser multifatorial, ligada a frustrações ao longo da vida, situações estressantes e até de humilhação no passado. A pessoa não se sente pertencente, reconhecida e merecedora daquilo que desempenha na vida.
Além disso, quem sofre da síndrome tem muita dificuldade em lidar com conquistas e há uma cobrança excessiva por desempenhar um trabalho excelente e sem falhas. No entanto, quando ocorrem erros, a pressão e a autocrítica surgem de forma exacerbada.
A síndrome pode gerar uma crença limitante, em que a pessoa sempre acha que é uma fraude, que não tem competência ou que alguém é melhor para determinada demanda de trabalho.
Frases comuns ditas por quem sofre com síndrome do impostor
- "Não sou boa o suficiente"
- "Não tenho qualificação suficiente para assumir este cargo"
- "O que essa pessoa viu em mim?"
- "Não sou tudo o que dizem que sou"
- "Se eu aceitar essa posição, vão perceber que sou uma fraude"
- "Só consegui isso porque tive ajuda de muitas pessoas"
- "Não deveria estar aqui"
- "Eles vão descobrir que não sei o que estou fazendo"
- "Não mereço esse sucesso"
- "Tenho medo de que, se errar, todos percebam que não sou competente"
Além de pode provocar um burnout, o problema pode ir além do profissional e atingir as pessoas em relações como namoro, casamentos e até amizades, já que a pessoa tem uma autoestima muito baixa e sofre com isso. Ela não consegue enxergar que há qualidades reais nela e por isso rompes laços.
Quando procurar ajuda
Se a situação foge do controle, é necessário procurar ajuda profissional. Verifique se situações de autossabotagem ocorrem com frequência e se isso atrapalha no dia a dia. Normalmente o tratamento é feito apenas com psicoterapia.
Caso não queira procurar um psicológico ou psiquiatra, tente se abrir com alguém de confiança para ver se o problema é só impressão ou se realmente merece um olhar mais crítico e investigação.
*Com informações de reportagem publicada em 25/06/2020