Estou doente, como saber se tenho mpox? Veja quais os sinais de alerta
De VivaBem, em São Paulo (SP)
15/08/2024 12h20
A mpox foi declarada emergência sanitária global pela OMS (Organização Mundial da Saúde) nesta quarta-feira (14). Entenda, abaixo, como a doença se manifesta e como é feito o diagnóstico.
Quais os sintomas da mpox?
A doença começa com febre, fadiga, dor de cabeça, dores musculares, ou seja, sintomas inespecíficos e semelhantes a um resfriado ou gripe. Em geral, de a 1 a 5 dias após o início da febre, aparecem as lesões cutâneas (na pele), que são chamadas de exantema ou rash cutâneo (manchas vermelhas). Essas lesões aparecem inicialmente na face, espalhando para outras partes do corpo.
Elas vêm acompanhadas de prurido (coceira) e aumento dos gânglios cervicais, inguinais e uma erupção formada por pápulas (calombos), que mudam e evoluem para diferentes estágios: vesículas, pústulas, úlcera, lesão madura com casca e lesão sem casca com pele, completando o processo de cicatrização. Vale ressaltar que uma pessoa é contagiosa até que todas as cascas caiam —as casquinhas contêm material viral infeccioso— e que a pele esteja completamente cicatrizada.
Os casos atuais têm apresentado alguns elementos atípicos, como a ausência dos sintomas de mal-estar iniciando o quadro clínico, e também manifestações como edema peniano e dor intensa na região do reto.
Como é feito o diagnóstico da mpox?
O diagnóstico clínico, baseado em sinais, sintomas e história, pode ser facilmente confundido com outras condições, como catapora ou molusco contagioso.
O diagnóstico definitivo requer teste de laboratório específico, o PCR (RT-PCR e o qPCR), que detecta o vírus nas lesões de pele. É possível fazer o teste nas redes pública e privada —sendo que pelo SUS (Sistema Único de Saúde) pode levar mais tempo, de 72 horas até 7 dias.
Como funciona o teste para diagnosticar a doença?
Para diagnosticar a doença, o exame utilizado é bastante conhecido por causa da pandemia da covid-19: o PCR (RT-PCR ou qPCR). No entanto, a coleta difere da que acontece para detectar o novo coronavírus, que usa secreções das narinas e da garganta. Na mpox, a avaliação se baseia no material genético presente nas lesões características da doença. Por isso, o exame torna-se incômodo porque as lesões doem. Então, qualquer contato que exista nelas pode causar dor.
O melhor momento para testar é quando as vesículas (lesões na pele) se formam, porque há maior presença de vírus nas secreções. Mas isso não significa que a detecção seja impossível no início da doença, por exemplo. E na cicatrização, inclusive, a casquinha também é encaminhada para o laboratório.
* Com informações de reportagem publicada em 14/08/2024.