Genérico, referência e similar: qual a diferença entre os tipos de remédios

Provavelmente, você já foi à farmácia com uma receita médica na mão e, ao entregar o papel ao farmacêutico, ouviu: "Você prefere o genérico, o similar ou o de marca?".

Diante de tal oferta, é normal ter dúvidas sobre os três, especialmente por causa da diferença de preços.

Entenda a diferença entre os tipos de medicamentos

Referência: é o medicamento inovador que teve a primeira patente —para isso, a farmacêutica responsável investiu dinheiro para realizar estudos clínicos e mostrar a eficácia e segurança da droga, comprovada cientificamente junto ao órgão federal competente no qual é registrada. Por conta de todos os gastos, o medicamento costuma ser mais caros.

Genérico: é a cópia do medicamento referência e só pode ser criado após 20 anos, quando a patente do "original" expira. Para sua comercialização ser aprovada, um genérico precisa comprovar a eficácia e segurança em testes de bioequivalência e biodisponibilidade. Como não há investimentos para pesquisas e propaganda, custa menos.

Similares: tem a mesma composição do medicamento referência e do genérico e também precisa comprovar eficácia. A diferença é que, assim como o remédio original, ele leva o nome de uma marca e investe capital em propagandas para melhorar a popularidade do produto, além de aumentar a competitividade com o medicamento referência.

Os genéricos funcionam? Por que são tão mais baratos?

O preço baixo não é motivo para questionar a eficácia desses remédios. Os genéricos contêm o mesmo princípio ativo na mesma dose e forma farmacêutica que as versões com marca (originais). Também apresentam eficácia e segurança equivalentes —tudo comprovado cientificamente junto ao órgão regulador, a Anvisa.

Antes de 1999, os preços dos remédios subiam rapidamente e, embora já existissem marcas similares, não havia garantia de qualidade. A partir da necessidade de drogas mais acessíveis à população, foi criada a Lei dos Genéricos (9.787/1999), que prevê que as patentes dos remédios de marca durem apenas 20 anos.

Após esse período, de acordo com a regra, qualquer laboratório pode criar medicamentos com a mesma formulação, mas sem precisar investir dinheiro em pesquisas ou testes —o grande motivo dos genéricos serem tão mais baratos.

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