Quanto tempo se exercitar para viver mais? Estudo de Harvard responde

É consenso entre os especialistas que a prática regular de exercício físico é fundamental para garantir qualidade de vida e longevidade. Mas qual seria o tempo adequado para ter melhores resultados?

Um estudo publicado em 2022 na revista Circulation, da American Heart Association, e realizada por pesquisadores ligados ao departamento de nutrição da Universidade Harvard (EUA) sugere que dobrar a quadruplicar a quantidade mínima de atividade física semanal recomendada para adultos nos EUA pode substancialmente reduzir o risco de morte por doenças cardiovasculares e outras causas.

A American Heart Association, ONG ligada a cuidados cardíacos nos EUA, recomenda que adultos façam pelo menos 150 minutos por semana de exercícios aeróbicos de intensidade moderada e 75 minutos por semana de exercícios aeróbicos vigorosos ou uma combinação de ambos. Segundo a pesquisa, ir além dos mínimos recomendados rendeu maiores recompensas de longevidade.

Aumentar o tempo dos exercícios moderados, como caminhada, musculação e calistenia, proporcionou maior longevidade, de acordo com a pesquisa de Harvard. Realizar de 300 a 600 minutos por semana desse tipo de exercício reduziu o risco de morte em 26% a 31%, em comparação com quase nenhum exercício moderado em longo prazo. Já pessoas que atingiram apenas as metas mínimas para atividade física moderada tiveram um risco menor de 20% a 21%.

Por outro lado, fazer de 150 a 300 minutos por semana de exercícios vigorosos (como corrida, natação e ciclismo) também reduziu o risco de morte em 21% a 23%. Para quem mantinha a meta mínima, o risco foi 19% menor neste caso.

Para essa pesquisa foram analisados 30 anos de registros médicos e dados de mortalidade de mais de 100 mil adultos inscritos em dois grandes estudos: o Estudo de Saúde de Enfermeiras, exclusivamente feminino, e o Estudo de Acompanhamento de Profissionais de Saúde, exclusivamente masculino. Os dados incluíram medidas autorrelatadas de intensidade e duração da atividade física no tempo de lazer. Os participantes tinham em média 66 anos de idade.

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