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Minoxidil, finasterida e outros: o que funciona para queda de cabelo

Imagem: iStock

Colaboração para VivaBem*

23/08/2024 15h42

Quando falamos em queda de cabelo, tratamentos e remédios, é preciso primeiro considerar que existem diversas causas possíveis para a perda dos fios. Saber inicialmente o motivo por trás do problema é o ponto de partida para encontrar a possível solução.

No que diz respeito a cabelo, temos entre as causas de queda fatores como:

  • Desequilíbrios hormonais;
  • Uso de determinados medicamentos;
  • Dietas restritivas, principalmente quando pobres em proteínas;
  • Maus hábitos de cuidados com o couro cabeludo;
  • Uso de químicas;
  • Problemas genéticos;
  • Doenças autoimunes.

Diagnóstico da queda de cabelo

É importante buscar um médico quando a queda é maior do que 100 fios ao dia e quando o couro cabeludo fica exposto. Algumas opções de exames podem entender o problema, como:

  • Biópsia de couro cabeludo;
  • Dermatoscopia do couro cabeludo;
  • Teste de perda na haste.

Além disso, é preciso saber se há alguma doença de base, como hipertensão, síndrome dos ovários policísticos, diabetes, para entender se elas estão controladas e se o tratamento atual pode entrar em conflito com a estratégia que o médico pensou.

Mesmo muitos dos medicamentos sendo tópicos e facilmente encontráveis, eles não são isentos de efeitos colaterais. A automedicação, portanto, não deve ser realizada.

É importante também que o tratamento seja personalizado, até mesmo pelos hábitos do paciente. Após a definição de qual método seguir, os especialistas contam com alguns medicamentos. Os mais conhecidos são:

1. Minoxidil

É o medicamento mais usado em casos de queda de cabelo. Normalmente é indicado na forma tópica, mas também pode ser usado de forma oral em casos mais graves, mas sempre com atenção à pressão arterial do paciente.

Esse medicamento atua aumentando a circulação do couro cabeludo, por dilatar os vasos da região, e a proliferação das células da matriz do cabelo, trazendo também mais energia para que o cabelo cresça.

Efeitos colaterais: pode causar dermatites, aumento das dores de cabeça, redução da pressão arterial (no uso oral), inchaço e edema corporal, entre outros.

Como usar: o minoxidil tópico deve ser usado de uma a duas vezes por dia com o couro cabeludo seco, ou via oral conforme indicação do médico.

2. Finasterida

A finasterida é indicada aos homens com queda de cabelo provocada pela transformação da testosterona em di-hidrotestosterona, substância que causa um afinamento capilar.

Efeitos colaterais: a finasterida pode causar redução da libido, disfunção erétil, depressão, ansiedade, alterações gastrointestinais, da função do fígado e do rim — e muitos desses efeitos podem perdurar depois que seu uso é suspenso. Ela ainda é contraindicada a quem tem histórico de câncer de mama e câncer de próstata na família.

Como usar: normalmente a finasterida é usada via oral, com comprimidos de 1 a 5 mg, conforme orientação do médico.

3. Espironolactona

A espironolactona tem um funcionamento semelhante à finasterida, mas é mais usada em mulheres. Ela atua na testosterona e seus derivados que causam a miniaturização e o afinamento dos fios de cabelo, e ajuda também a reduzir a acne, a oleosidade da pele e os pelos corporais.

Efeitos colaterais: pode causar cãibras, dor de cabeça, mal-estar, hipotensão, sonolência, cansaço, acúmulo de potássio e até mesmo arritmias, a depender da dosagem. Mulheres que querem engravidar no momento atual não devem utilizar esse medicamento, já que ele está associado a malformações fetais e também pode causar sangramento uterino disfuncional.

Como usar: normalmente a espironolactona é usada via oral, conforme orientação do médico.

4. Cetoconazol

O cetoconazol na verdade é um antifúngico, sendo usado para tratar principalmente o couro cabeludo, já que ele vai melhorar a dermatite e descamação da região. Por isso mesmo é usado apenas em alguns casos de queda de cabelo e com uma atuação mais discreta. Ele pode melhorar a absorção de outros agentes tópicos.

Efeitos colaterais: se usado por tempo prolongado, pode alterar a microbiota do couro cabeludo, o que pode gerar inflamações no local, que é justamente o que se quer evitar.

Como usar: normalmente o cetoconazol é encontrado em forma de xampu e usado de forma tópica, com orientação do dermatologista.

5. Alfaestradiol

Apesar de ser muito associado à queda de cabelo, o alfaestradiol é uma substância sem muito respaldo científico e com ação classificada pelos especialistas consultados como bastante fraca, não sendo tão indicado pelos médicos com essa finalidade.

Efeitos colaterais: são raros, mas há relatos de ocasionar sensação de queimação, dor, coceira e vermelhidão no couro cabeludo. Além disso, o álcool de sua composição pode trazer ressecamento.

Como usar: é usado em forma de tônico com frequência indicada pelo dermatologista.

Tratamentos para queda de cabelo

Além dos medicamentos usados em casa, há diversos tratamentos que podem ser realizados em consultório como:

Mesoterapia com microagulhamento: tratamento por meio de agulhas para infiltrar princípios ativos direto no couro cabeludo;

LED: laser de baixa voltagem faz com que as mitocôndrias funcionem melhor e oxigenem os folículos;

MMP: um aparelho semelhante àquele usado por tatuadores para inserir as medicações no couro cabeludo;

Nanopore: tratamento similar ao MMP, mas com um aparelho diferente, que parece uma caneta rotatória.

A carboxiterapia capilar é muito falada na internet, no entanto caiu em desuso por falta de estudos robustos que justifiquem seu uso, especialmente em detrimento das demais opções terapêuticas disponíveis.

Suplementos nutricionais para queda de cabelo

Os suplementos nutricionais são também considerados uma estratégia importante. No entanto, eles serão usados conforme o diagnóstico e quando há deficiência e carência nutricional, como de zinco, selênio, vitamina D e, em menor frequência, vitamina C e B12. A anemia também é um quadro que deve ser investigado. Tudo vai depender de como está a nutrição de cada paciente.

*Com informações de reportagem publicada em 26/09/2022

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