Redução drástica: como funciona dieta que fez Suzy Rêgo emagrecer
De VivaBem*, em São Paulo
23/08/2024 12h00
Desde que aderiu à dieta cetogênica, a atriz Suzy Rego, 57, contou que já melhorou as taxas sanguíneas, que estavam alteradas, além de ter mudado a silhueta do corpo — ela não costuma se pesar, por isso, não sabe precisar quantos quilos perdeu.
A atriz disse que já completou quatro meses de dieta. "Para melhorar as taxas todas, de colesterol, triglicerídeos, além dos treinos diários, comecei a alimentação cetogênica. Ela prioriza o consumo de proteínas, quase nada de carboidrato, e gorduras saudáveis. E assim tem sido nesses 120 dias, que agora eu vou completar", contou ao Gshow.
Jamais me peso. A minha maior felicidade foi ver, logo após o primeiro mês, o resultado maravilhoso dos exames. E continuar assim porque veio também uma sensação de liberdade, uma melhora no sono, na disposição para o treino, no resultado no palco, em cena, um vigor. A potencialização da alegria é estratosférica. Suzy Rego ao Gshow
Como funciona dieta
Redução drástica de carboidratos. Essa é uma das estratégias mais clássicas para emagrecer, usada na dieta cetogênica, e que surgiu nos anos 1920 como tratamento para a epilepsia.
Dieta limita produtos processados. A lista de itens que não podem ser consumidos é longa, como: doces, pães, macarrão, farinhas, bebidas alcoólicas, amidos, sucos, tubérculos (cenoura, batata, mandioca, inhame), vegetais (como milho), leguminosas (feijão, soja, ervilha, grão-de-bico), além de outras fontes de açúcar.
Alimentos naturais são foco principal. Maioria dos legumes são permitidos, exceto os que foram citados acima. As frutas 100% permitidas são abacate e coco, pois são fonte de gordura. Manteiga, castanhas, azeite, castanhas e banha de porco também entram no cardápio.
Carnes, peixes, frango, ovo, queijos, iogurte e açaí completam lista dos liberados. As únicas bebidas que podem ser ingeridas são água, café e chá sem açúcar.
Na versão "clássica", consumo de carboidratos é baixo (entre 4% e 10% das calorias diárias). O consumo de gorduras chega a 90% e não pode ser menor do que 60%, e o restante das calorias vêm das proteínas. Quantidade de calorias varia individualmente, mas costuma ficar entre 1.000 e 1.400 ao dia.
Versão mais radical diminui número de calorias para menos de 800. A VLCKD (very low calories ketogenic diet) controla mais o cardápio. Geralmente são seis refeições diárias já prontas, em pó, e só são adicionadas algumas verduras e legumes.
Dieta cetogênica é diferente da low carb. Na última, a ingestão de carboidratos pode chegar a 150 g por dia, enquanto na cetogênica o limite varia entre 20 e 50 g.
Dieta cetogênica não pode ser feita sem acompanhamento médico. O cardápio não é pré-definido, mas sim adaptado aos gostos de cada um, e é composto de carnes e alguns derivados —com exceção do leite —, vegetais à vontade e gorduras de qualquer tipo.
Exercício físico deve ser aliado à dieta para que a perda de peso seja efetiva e saudável. Porém, como o organismo está se virando com pouca energia, alguns cuidados são necessários. A dica aqui é concentrar o consumo de carboidratos antes do treino. Se você vai começar a se movimentar junto com o programa de alimentação, a recomendação é pegar leve.
Dieta cetogênica é segura?
Sim, mas não pode ser feita por tempo prolongado, pois é muito restritiva. Ela é eficaz a curto e médio prazo, mas os mecanismos fisiológicos envolvidos nela suscitam preocupações.
Pessoas com diabetes ou hipertensão devem ficar atentas, pois é preciso fazer ajustes nos medicamentos. Caso contrário, há risco de crises de hipertensão e hipoglicemia por conta das alterações no metabolismo.
Quem tem doenças no fígado ou rim não pode seguir essa dieta. Motivo é que o aumento na ingestão de proteínas e gorduras pode sobrecarregar estes órgãos. Sem contar que cortar carboidratos significa deixar de ingerir vários alimentos com vitaminas e minerais importantes para a saúde.
Alto consumo de gorduras é outro ponto a ser considerado antes de optar pelo plano. As sociedades médicas e órgãos internacionais preconizam uma dieta com baixa ingestão de lipídios. Ao fazer com que 90% das calorias venham da gordura, há o risco de aumento do triglicérides e colesterol, o que pode ser um problema para quem já tem níveis altos dessas moléculas.
* Com informações de reportagem publicada em 2020.