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Caso Izquierdo: o que é e quando ocorre a morte encefálica?

Juan Izquierdo, lateral do Nacional-URU Imagem: Eitan Abramovich/AFP

De VivaBem, em São Paulo*

28/08/2024 08h13

O Hospital Albert Einstein divulgou, na noite desta terça-feira (27), o horário e a causa da morte do zagueiro Juan Izquierdo, do Nacional-URU. Ele passou mal dentro do MorumBis na última quinta (22), durante o jogo da equipe uruguaia contra o São Paulo pela Libertadores.

O jogador morreu às 21h38 (de Brasília) desta terça. Ele estava internado desde o mal súbito e teve quadro agravado nos últimos dias. Izquerdo teve morte encefálica "após uma parada cardiorrespiratória associada à arritmia cardíaca".

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Segundo o Ministério da Saúde, morte encefálica é a morte de fato, compreendida pela perda completa e irreversível das funções encefálicas cerebrais. Quando isso ocorre, a parada cardíaca será inevitável e, embora ainda haja batimentos cardíacos, a respiração não acontecerá sem ajuda de aparelhos e o coração não baterá por mais de algumas poucas horas. Por isso, a morte encefálica caracteriza a morte de um indivíduo.

Quando constatada a morte encefálica, que é irreversível, o óbito é declarado. Nesta situação, os órgãos e tecidos podem ser doados para transplante, mas apenas após o consentimento familiar.

A Lei dos Transplantes estabelece que a doação de órgãos após a morte só pode ser realizada quando for constatada a morte encefálica.

Quando a morte ocorre por parada cardiorrespiratória (coração parado), pode ser realizada apenas a doação de tecidos (córnea, pele e ossos, por exemplo).

Diagnóstico da morte encefálica

O diagnóstico de morte encefálica é regulamentado pela Resolução Nº 2.173, de 23 de novembro de 2017, do CFM (Conselho Federal de Medicina).

A constatação da morte encefálica deverá ser feita por médicos com capacitação específica, observando o protocolo estabelecido que define critérios precisos, padronizados e passíveis de serem realizados em todo o território nacional.

Os critérios para identificar a morte cerebral ou encefálica são rígidos, sendo necessários dois exames clínicos com intervalos que variam de acordo com a idade dos doadores, realizados por médicos diferentes.

Coma x morte encefálica

O coma não é uma situação de morte: é uma situação clínica em que a pessoa tem o coração batendo, mas o cérebro apresenta as suas funções alteradas. Enquanto a pessoa estiver somente em coma ainda existem chances de reversão e recuperação do quadro.

É diferente de uma morte encefálica, quando a pessoa não consegue mais manter as funções vitais, como batimentos cardíacos, respiração, etc.

Um coma, no entanto, pode evoluir para uma morte encefálica, dependendo da causa, intensidade e natureza do problema.

*Com informações de reportagem de 10/12/2019.

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