Gracy já disse comer 40 ovos por dia: qual o risco de consumir demais?
De VivaBem, em São Paulo
29/08/2024 19h00
Quem está numa dieta rica em proteínas sabe que ovos são bons aliados. Assim é com Gracyanne Barbosa, que já disse consumir 40 por dia.
Mas será que consumir tantos ovos é saudável?
Relacionadas
Nutritivo, rico em proteínas, vitaminas e minerais, o ovo tem muitos benefícios. Ele já foi odiado anos atrás quando seu consumo era associado à maior probabilidade de colesterol alto, mas estudos científicos comprovaram que o colesterol contido na gema é pouco para ser responsável pelo aumento da incidência de doenças cardíacas.
Apesar disso, se você não é um atleta profissional, comer tantas unidades em um dia pode não ser a melhor opção.
Qualquer dieta sempre é montada de acordo com os objetivos individuais. No caso de Gracy, por exemplo, o importante é haver acompanhamento profissional.
Isso porque um corpo como o da musa fitness não é construído apenas com alimentação natural, sendo necessário um trabalho extra para ajudar os músculos. E quando alguém come 40 ovos em um dia, está consumindo cerca de 240 gramas de proteína.
Uma pessoa comum, que se alimenta normalmente, vai ficar entre 0,6 e 0,8 g de proteína de alto valor biológico por quilo de peso. Mas quando se vai para essa linha do body bulding, de ser um atleta profissional de ponta, chega-se a comer de 4,4 g a 6 g de proteína de alto valor biológico por quilo de peso.
Então, a dieta funciona bem no caso de quem busca um alto rendimento. No entanto, comer tanta proteína assim, para uma pessoa comum e que nem malha tanto assim, não é uma recomendação saudável.
Entre os problemas, está a dose diária de colesterol recomendada, que é de 300 miligramas. Um ovo, por exemplo, contém cerca de 200 miligramas.
Esse valor vezes 40 ovos dá 8.000 miligramas de colesterol extra ao dia. Bastante, né? Além disso, o hábito e comer tantos ovos pode sobrecarregar os rins. Ou seja: melhor maneirar na dose!
Fonte: Lucas do Prado Palmiro, especialista em Endocrinologia e Metabologia pela SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia);
*Com matéria de junho de 2018