Cravos pretos, brancos e milium: descubra a causa e como tratá-los
De VivaBem
01/09/2024 19h00
Olhar para o rosto e encontrar pontinhos pretos e brancos é muito comum. Os cravos e milium atingem peles de todas as idades, principalmente as que sofrem com o excesso de oleosidade. Entenda como eles se formam e aprenda a preveni-los e tratá-los:
Cravos pretos
Eles se formam pelo acúmulo de queratina, bactérias, células e sebo dentro de um poro aberto. A aparência mais escura ocorre por conta da oxidação dessas substâncias em contato com o ar. Além disso, outras impurezas, como poluição e restos de maquiagem também contribuem para o escurecimento.
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Como prevenir: O principal é manter o controle da oleosidade da pele, sobretudo nas regiões em que o sebo tende a aparecer, como testa, nariz e queixo. Assim, invista em sabonetes com ácido retinoico, salicílico e glicólico, além de protetores solares para peles acneicas e esfoliantes adequados, que devem ser usados de uma a duas vezes por semana, indica Denise. Nos casos mais graves, é necessário fazer uso de medicamentos para normalizar a queratinização folicular. Quando for assim, é preciso consultar um médico especializado, ok?
Como tratar: Procure associar os cuidados diários com limpezas de pele mensais feitas por uma profissional qualificada. O procedimento ajuda a remover as impurezas acumuladas no rosto causadas pela poluição e pela sujeira do dia a dia, além de promover a renovação celular da pele. Peelings de cristal e de ácido retinoico e laserterapia também são bem-vindos em casos mais graves.
Pode tirar sozinha? Não. O principal motivo é a formação de cicatrizes — muitas vezes permanentes. O hábito de tirar cravos, apertar ou estourar espinhas sem acompanhamento especializado é uma das razões para formação de cicatrizes. Além disso, aumenta o risco de infecção cutânea.
Cravos brancos
Muito semelhantes aos cravos pretos, os brancos também são formados pelo acúmulo de queratina e células da epiderme. Mas os brancos são fechados não só por ficarem recobertos pela queratina, mas também porque se formam dentro da pele, por acúmulo de sebo. É por esse motivo que têm aspecto esbranquiçado.
Como prevenir: A limpeza facial precisa ser feita cuidadosamente com produtos ricos em ácido retinoico, salicílico e glicólico. Protetores solares devem ser usados até mesmo em dias nublados. E não se esqueça dos esfoliantes: eles eliminam as células mortas e desobstruem os poros, evitando o surgimento dos cravos.
Como tratar: Da mesma forma dos cravos pretos. Isso significa visitas mensais à esteticista para uma limpeza de pele completa. O tratamento também pode ser realizado por meio de medicamentos tópicos, como os derivados do ácido retinoico, além de tratamentos com isotretinoína.
Pode tirar sozinha? De jeito nenhum. É comum que, em casa, extraia-se apenas parte do cravo, enquanto o restante é empurrado para a camada mais profunda da pele. Isso acaba contaminando a região e pode surgir uma espinha. Além disso, há risco de formação de cicatrizes permanentes.
Milium
O quadro é bastante confundido com os cravos brancos, mas as causas são bem diferentes. A milia — plural de milium - são pequenos cistos de queratina, branco-amarelados, superficiais na pele.
Não se sabe ao certo a causa do aparecimento do milium, mas acredita-se que seja decorrente de uma descamação cutânea malsucedida ou até mesmo do excesso de oleosidade. Ele pode ser classificado em:
Milium primário: É mais frequente na primeira infância e costuma diminuir de tamanho com o passar do tempo. Não é recomendado nenhum tipo de tratamento específico e a lesão tende a desaparecer em algumas semanas.
Milium secundário: Surge durante a vida adulta e pode afetar pessoas com qualquer tipo de pele. O local mais comum é ao redor dos olhos. Não causa nenhum sintoma — o incômodo ocorre por questões estéticas.
Como prevenir: O uso do esfoliante facial duas vezes por semana é uma ótima forma de afinar a pele e evitar que o aparecimento desses pequenos cistos, pois ajuda na desobstrução do folículo piloso.
Como tratar: A lesão é aberta com a ponta de uma agulha estéril e, então, a massa queratinosa é retirada. Isso deve ser feito apenas por esteticistas especializadas ou dermatologistas.
Pode tirar sozinha? Não é indicado. Para evitar cicatrizes, não se deve espremer o milium.
Fontes: dermatologistas Denise Lage e Luciana Maragno.
Com reportagem de janeiro de 2019