Todo dia eu acordo inchada. O que pode estar acontecendo com meu corpo?
Colaboração para VivaBem
02/09/2024 19h00
São diversos os fatores que podem estar por trás do inchaço logo ao se levantar da cama. Se no seu caso o edema for generalizado, ou seja, atingindo face, mãos e membros superiores, entre os principais motivos estão: alcoolismo, excesso de uso de diuréticos, uso de anticoncepcionais ou de corticosteroides e o excesso de peso. Também há relação com alergias, uso de medicações, como anti-hipertensivos, anti-inflamatórios, dietas ricas em sal, sedentarismo, muito tempo na mesma posição durante viagens prolongadas, hipotireoidismo, insuficiência cardíaca, gota, doença renal, cirrose e até gravidez.
Existe, também, o inchaço chamado idiopático, que tem este nome porque não se conseguir descobrir uma causa, e que ocorre mais frequentemente nas mulheres, geralmente obesas ou com sobrepeso. Outro problema que pode passar despercebido é a desnutrição provocada por anorexia nervosa, ou maus hábitos alimentares. Isso porque a redução no nível de proteínas no nosso organismo pode levar ao edema.
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Já quando o inchaço é em um membro, sem aparecer em outras partes do corpo, geralmente se dá pelo comprometimento do sistema venoso ou linfático e, às vezes, até de ambos.
É de extrema importância buscar ajuda médica para que o profissional peça todos os exames a fim de chegar ao diagnóstico correto. Afinal de contas, as terapias podem variar. Desde a redução da quantidade de sal na comida, de atividade física, passando pela elevação dos membros inferiores e uso de meias de compressão.
Quando o tratamento é realizado de forma adequada, a depender da causa, é possível ter uma melhora importante dos sintomas. Por outro lado, se o inchaço não for tratado, o resultado, a médio e longo prazos, pode ser a dificuldade para caminhar, dores em membros inferiores, alteração na pele (coloração, presença de úlceras), risco crescente de infecções na área afetada (celulite e erisipela), cicatrizes, entre outros problemas. Portanto, busque ajuda médica para evitar que algo mais sério aconteça.
Fontes: Eduardo Dantas Baptista De Faria, médico e cirurgião vascular do Huol-UFRN (Hospital Universitário Onofre Lopes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte), que faz parte da Rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares); Eduardo Toledo de Aguiar, cirurgião vascular e angiologista, presidente da ABFL (Associação Brasileira de Flebologia e Linfologia); Priscila Ap. Martins Goulart, endocrinologista do Hospital Baía Sul, em Florianópolis (SC).