Jogador está com tromboembolismo pulmonar: o que é e há risco de morte?

O atacante Osvaldo, do Vitória, está internado em um hospital de Salvador com tromboembolismo pulmonar, conhecida pela sigla TEP. O clube disse que o atleta reclamou de dores na perna na viagem de volta para a Bahia após um jogo no sábado (14).

O TEP é a mais séria complicação da trombose. A doença é resultado do deslocamento do trombo da veia para o pulmão e a gravidade dependerá do tamanho e da quantidade de coágulos.

Apesar da seriedade, em 90% dos casos a situação é controlada com medicamentos, reduzindo as chances de morte. Em algumas situações, no entanto, é necessária a atuação conjunta de cardiologistas, neurologistas, angiologistas, pneumologistas e até hematologistas.

O que é o TEP

O tromboembolismo pulmonar geralmente é causado por coágulos originados nas pernas, que "caminham" lentamente pelas veias e vão até o pulmão, trajeto normal do sangue.

No TEP (embolismo pulmonar), os sintomas são os seguintes:

  • Dificuldade para respirar
  • Palpitações
  • Dor no peito ou desconforto que aumenta ao tossir ou respirar
  • Pressão baixa
  • Cansaço
  • Dor nas costas

O tratamento da doença é feito à base de anticoagulantes, remédios que fazem dissolver os coágulos. Sendo que em alguns casos é necessário usar um cateter para recanalizar o vaso que foi obstruído.

Por que acontece?

Para algumas pessoas a doença se manifesta sem nenhuma causa aparente. Esse é o caso de quando a doença é chamada de trombose não provocada ou sem fator desencadeante conhecido.

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No entanto, há muitos fatores que podem estar envolvidos no aparecimento de um coágulo. As causas mais comuns são identificadas pelos especialistas por meio da chamada Tríade de Virchow, que avalia a presença das seguintes características:

  • Lesão nos vasos sanguíneos: são exemplos a lesão da parede vascular que ocorre no trauma, cirurgia ou uso de cateter venoso;
  • Hipercoagulação: desequilíbrio do processo normal da coagulação sanguínea decorrente de processos inflamatórios como a obesidade, doenças reumatológicas, tabagismo, uso de determinados fármacos como anticoncepcionais orais combinados (estrogênio e progesterona), além de gravidez e puerpério (períodos em que há redução fisiológica de fatores anticoagulantes naturais), intervenção cirúrgica e doenças hereditárias;
  • Redução da velocidade do fluxo sanguíneo ou estase: longos períodos de imobilidade, como os que acorrem após uma cirurgia, uma longa viagem, e até mesmo entre pacientes acamados podem facilitar a formação de coágulos.

Como prevenir?

  • Conheça seu histórico familiar.
  • Aprenda a reconhecer os sintomas para buscar ajuda médica imediata.
  • Mantenha-se hidratado. Um dos riscos para a TVP é a desidratação.
  • Evite a obesidade.
  • Pratique atividade física. Caminhadas regulares podem ajudar.
  • Reduza o consumo de bebidas alcoólicas.
  • Evite o tabagismo.
  • Mantenha as pernas em posições que permitam a circulação sanguínea.
  • Levante e caminhe um pouco após estar sentado por períodos prolongados.
  • Fale com seu médico sobre a necessidade de medidas preventivas caso tenha de se submeter a alguma cirurgia.
  • Consulte seu médico sobre a melhor forma de usar meias elásticas no seu caso. Na síndrome pós-trombótica, ela garante 50% de alívio dos sintomas.

*Com informações de Agência Brasil, Agência Estado e reportagem publicada em 02/06/2020

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