Inteligência emocional: 5 truques para evitar explosões fora de hora
Em algum momento de raiva, tristeza ou até felicidade extrema, você já teve que parar e pensar antes de agir por impulso? Se a resposta foi sim, provavelmente a inteligência emocional já está sendo praticada em algumas situações do seu dia a dia.
Quando falamos desse tipo de ação, queremos dizer que estamos fazendo gestão das emoções e tentando buscar e nomear nossos próprios sentimentos. Embora seja muito comum, principalmente dentro de empresas, saber lidar com o emocional também é importante para a vida pessoal.
Mas o que é, de fato, inteligência emocional?
Natalia Pavani, psicóloga do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explica que é a capacidade de conseguir fazer a gestão das emoções e está ligada com os resultados da vida, que não têm necessariamente uma ligação intelectual.
"Uma pessoa pode ter uma alta capacidade de cálculo matemático, mas não ter habilidade em conversar com o gestor ou até se relacionar com o namorado", diz.
Thais Oliveira, psicóloga da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo reforça que quanto mais conhecemos as nossas emoções, menos afetados pela emoção do outro vamos ser.
A inteligência emocional, segundo a psicóloga, pode ser dividida em cinco pilares.
1. Autorresponsabilidade: entender o que acontece na sua vida e, partir daí, tomar suas decisões.
2. Percepção das suas emoções: reconhecer e perceber suas emoções, o que leva e diminui a impulsividade.
3. Gerenciamento das emoções: é importante gerenciar os nossos sentimentos. Quando isso acontece, também aprendemos a lidar com a nossa própria emoção.
4. Foco: ter um objetivo para determinado projeto ou sonho. Normalmente quando isso ocorre, a tendência ou ação das outras pessoas não o afetará tanto e será mais fácil lidar com certas situações.
5. Ação: ter atitudes, mas sempre pensando e usando a inteligência, para agir em determinadas situações. É importante racionalizar e aprender como sair ou levar situações de tristeza, por exemplo. Sabendo como agir se torna mais fácil enfrentar situações adversas.
Como buscá-la na prática? Veja dicas
- Em situações estressantes do trabalho: Faça uma pausa, levante e ande um pouco pela empresa. Quando houver uma situação estressante e ruim com o chefe, tente fazer uma releitura daquilo para não agir de maneira impulsiva ou rude.
- Peça e dê feedback: É importante pontuar em quais processos a pessoa pode melhorar ou em quais pontos ela está errando muito. Tanto para a chefia quanto para o empregado essa troca é importante.
- Faça perguntas abertas: Isso dá a chance de a pessoa se expressar melhor, diminui a ansiedade, aproxima chefe e subordinado e demonstra interesse mútuo entre os dois. Além disso, fazer perguntas certas, melhora e ajuda no desenvolvimento de soluções.
- Não foque nos erros: Tire da cabeça que fracasso não existe: o importante é enxergar os resultados ruins e tentar tirar uma lição com cada um deles. Isso ajuda a manter a automotivação.
- Treine sua inteligência emocional: Os sentimentos e as atitudes podem ser altamente treinadas. Por isso não se esqueça de criar e trabalhar essa habilidade. Tente se forçar e usar determinadas situações que, no passado, você agiria diferente.
*Com informações de reportagem publicada em 16/07/2020
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