Cláudia Raia fala sobre rotina, carreira e sexo depois de ser mãe aos 56
Colaboração para o VivaBem
27/09/2024 05h30
Não é de hoje que a geração com mais de 45 anos vem derrubando tabus sobre carreira, saúde física, equilíbrio mental e sexo. E não é exagero dizer que a atriz Cláudia Raia, 57, quebrou um dos maiores tabus da maturidade: em 2023, aos 56 anos, deu à luz seu terceiro filho, com o marido e também ator Jarbas Homem de Mello, 55.
"Ser mãe após os 50 anos é uma experiência que me transforma diariamente, na mesma intensidade em que me desafia", diz.
Cláudia Raia e Jarbas vão falar sobre esses e outros temas na segunda edição do VivaBem no Seu Tempo, realizado pelo UOL, no próximo sábado (28), em São Paulo. Apresentado pela atriz Flávia Alessandra, o evento terá entrevistas com famosos e diversas atividades de saúde e bem-estar para o público —veja aqui a programação completa e use o cupom VivaBem_Publico para retirar seu ingresso gratuitamente.
Em conversa com VivaBem, Cláudia Raia deu uma prévia do bate-papo e contou como andam rotina, carreira e sexo depois de ser mãe.
Transformação constante
Para a atriz, ser mãe após os 50 anos é uma experiência que a transforma e a desafia diariamente —e isso inclui sua rotina. "Aliás, devo admitir que não tinha a exata dimensão do impacto dessa escolha", reconhece.
A grande vantagem da maturidade é que a atriz tem se permitido "recalcular a rota": "Desde que retomei o trabalho, quando Luca tinha sete meses, tenho tentado conciliar as minhas atividades para acompanhar de perto o crescimento dele. Perdi momentos do Enzo e da Sophia e ainda hoje me cobro por isso. O grande desafio de toda mulher é 'equilibrar os pratos', [nem sempre dá], mas a gente tenta".
Novo filho, novos desafios
Apesar de já ter outros dois filhos adultos —Sophia e Enzo, da união com o também ator Edson Celulari—, Cláudia Raia garante que cada experiência foi única e, por isso, tem se reinventado como mãe. "Dizem que o ofício de ser mãe não vem acompanhado de um manual de instruções —é verdade!", afirma a atriz.
"Os desafios ao educar o Luca são outros, é preciso prepará-lo para o mundo de hoje, que é bem diferente daquele em que os irmãos nasceram. Assim, muitas certezas que eu tinha acabaram desmoronando nessa terceira maternidade."
"Um exemplo prático: mesmo tendo bagagens anteriores, eu sou muito mais preocupada que o Jarbas, que é pai de primeira viagem."
O nascimento do caçula também impactou a relação com os mais velhos. "Amor de mãe não se divide, se multiplica. É lindo de ver como meu caçulinha é paparicado pelos irmãos. Meu coração se enche de alegria."
Carreira a mil
Essa reflexão não significa, no entanto, um "tempo" longe do trabalho. "Eu não consigo ficar parada e não seria diferente agora: estou sempre fazendo alguma coisa!", conta a atriz que acabou de encerrar a temporada de "Tarsila", está em cartaz com "Conserto para Dois", atualmente no Teatro Sabesp Frei Caneca, em São Paulo, mas com temporadas previstas no Rio de Janeiro e em Vitória (ES), e já começou os ensaios do próximo espetáculo, "Menopausa", cuja estreia será em Portugal, para depois chegar ao Brasil.
Vida sexual ativa, sim!
Cláudia Raia vem falando ativamente sobre o tema em suas redes sociais e reforçando seu posicionamento contra o etarismo: "É preciso mudar a percepção da maioria das pessoas sobre as mulheres 50+, e essa mudança passa também pelo prazer. Todas nós podemos —e devemos— redescobrir o nosso próprio corpo e a nossa liberdade para sentir e querer."
E a atriz segue o ensinamento em sua vida pessoal: "Quanto à minha intimidade com o Jarbas, vai tudo muito bem... Ele é um ótimo parceiro de vida, de cena e de cama também [risos]."
Liberdade para ter o corpo que quer
Quando o assunto é corpo e beleza, a principal mudança da maturidade é a sabedoria para filtrar as cobranças, inclusive as que a própria atriz faz a si mesma. "Não consigo naturalizar a pressão para ter um corpo perfeito, que atenda a um padrão específico. O importante é ser feliz, mantendo a autoestima e o autocuidado em dia."
Isso significa sentir liberdade tanto para assumir as marcas da idade quanto para mudar o que incomoda.
"Graças a Deus, a evolução da medicina ampliou a gama de opções para quem quer mudar alguma coisa —e quem não quer?— seja por motivações estéticas, seja para melhorar a qualidade de vida. Todos os procedimentos aos quais me submeti me fizeram gostar ainda mais do corpo que eu vejo no espelho. Se você é do time que fica incomodada com os efeitos da passagem do tempo, é possível suavizá-los. Se aceita as suas rugas, tudo bem também."