Toda vez que a imunidade cai, aparecem herpes na boca. Afinal, tem cura?

Atualmente não há cura para a herpes. Também é preciso entender que o herpes labial —causado pelo vírus herpes simples tipos 1 e 2 — pode aparecer mesmo quando a imunidade está normal. Isso porque, em algumas pessoas, o uso de medicamentos, como corticoides e imunossupressores, além de traumas na mucosa da boca, por exemplo, também podem formar as pequenas bolhas incômodas.

Já situações em que a pessoa esteja com febre, gripe, ou tenha passado por um estresse físico ou emocional, excesso de sol ou frio, independentemente da queda de imunidade, pode também causar o desenvolvimento de herpes.

É importante saber que a maioria da população tem o vírus no corpo, porém, em algumas pessoas ele irá se manifestar de forma mais recorrente. E isso envolve uma predisposição genética, assim como a idade em que o indivíduo entrou em contato pela primeira vez com o herpes.

Antes do primeiro ano de idade, a criança ainda não possui o sistema imunológico totalmente fortalecido. Então, se o pequeno for contaminado com meses de vida, pode ser que o corpo não consiga responder da melhor forma contra o vírus, o que desencadeará situações recorrentes de herpes.

Normalmente, o tratamento funciona por meio do medicamento antiviral aciclovir, que pode ser aplicado em forma de pomada ou comprimidos. Porém, quando o problema é cíclico, ou seja, acontece mais de seis vezes ao ano, é importante procurar um infectologista para que ele indique um bom tratamento.

Entre as opções de terapia, as mais indicadas nesses casos são duas. A primeira é chamada "pill in the pocket". Nela, o médico prescreve o antiviral para o combate do herpes e indica que o paciente fique com o remédio e o utilize sempre que começar uma nova crise. Isso porque, normalmente, a pessoa já sabe reconhecer quando o herpes irá aparecer na boca, por conta da sensação de ardência, coceira, vermelhidão e dor.

Outro método é o chamado supressivo. O paciente toma, preventivamente, o medicamento por um tempo e de forma contínua. Após esse período, o remédio é suspenso. A carga viral no organismo reduz bastante e o próprio sistema imunológico consegue combater o restante, evitando que o herpes labial volte a ser recorrente. De qualquer forma, vale ressaltar que quem determinará o melhor tratamento é o médico. Não deixe de consultá-lo.

Fontes: infectologistas Ivan França, João Prats e José David Urbaéz

*Com matéria de janeiro de 2020

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