Topo

VivaBem No Seu Tempo

O encontro da geração que ressignificou o que é envelhecer bem


Escapes de xixi são comuns: normalizar assunto facilita busca por soluções

Colaboração para VivaBem

04/10/2024 05h30

Apesar de todos os aprendizados e acúmulos de experiências positivas que a passagem do tempo traz, não dá para negar que a maturidade também chega com novos desafios.

Para as mulheres que estão com mais de 45, 50 anos, a chegada da menopausa talvez seja a condição mais conhecida. Porém, escapes de xixi (ou incontinência urinária) são algo muito comum —uma em cada quatro mulheres convive com eles— e podem se tornar mais frequentes na maturidade, por causa das alterações hormonais que ocorrem nessa fase da vida.

Apesar disso, o assunto ainda é considerado tabu. Para desmistificá-lo, o evento VivaBem no Seu Tempo, realizado no último sábado (28), promoveu um bate-papo entre Marisa Cazassa, gerente executiva da Kimberly Clark e responsável pela marca POISE, e a jornalista especializada em saúde Lúcia Helena de Oliveira, colunista de VivaBem.

Marisa Cazassa, gerente executiva da Kimberly Clark, e a jornalista Lucia Helena de Oliveira Imagem: Mari Pekin/UOL

Lúcia Helena aproveitou sua experiência na área de saúde para falar sobre as origens do problema: desde que o Homo sapiens ficou em pé, o peso do abdome e de todos os órgãos que estão ali se acumularam sobre a musculatura do assoalho pélvico. Por causa dessa exigência, com o tempo os músculos podem ter suas funções prejudicadas —entre elas, o controle da bexiga.

"A mulher tem um pesinho extra, o útero, e, mesmo antes da menopausa, ainda mais se ela teve filhos e não cuidou desse assoalho pélvico, começa a ter um escape ou outro de urina quando vai fazer exercício ou movimento mais forte", explicou a jornalista.

Imagem: Mari Pekin/UOL

Para contextualizar o impacto que o escape de urina pode ter na mulher 45+, Cazassa citou a curva da felicidade, que, na fase adulta, tem a forma da letra 'U', com seu vale justamente nessa idade.

"Aqui no Brasil ainda há uma cultura que cultua o corpo jovem, sexy e sarado", lembrou a executiva. "A mulher brasileira, nessa fase, se olha no espelho e vê algumas marcas de expressão na pele, o cabelo ficando branco e o corpo que não é mais o mesmo, ainda mais se ela vier a vivenciar os sintomas de menopausa. Se ela ainda começa a ter escapes de urina, a sensação é de que perdeu o controle."

Troca de informações e soluções

Imagem: Mari Pekin/UOL

Uma pesquisa feita pela marca POISE mostrou que 80% das mulheres não falam sobre o assunto nem mesmo com seus próprios médicos, o que pode prejudicar não só a normalização da condição como também a busca por soluções.

Um exemplo disso: 60% das mulheres ainda usam absorventes menstruais comuns para conter o escapa urinário. Esses produtos, no entanto, são adequados para absorver o sangue, que é mais grosso.

"Se usa o produto inadequado ou não usa nada, a mulher acaba saindo menos de casa, bebendo menos água? Seu estilo e qualidade de vida são afetados", afirmou Cazassa.

Não precisaria ser assim: "Hoje há diversas soluções disponíveis, mas que, muitas vezes, não geram identificação com as mulheres por serem de marcas até então ligadas à incontinência severa."

Imagem: Mari Pekin/UOL

Por isso, para a executiva de Kimberly Clark, a conversa tanto com profissionais de saúde, capazes de fornecer orientações adequadas à necessidade e ao corpo de cada pessoa, quanto entre amigas é fundamental: "Faz bem dividir porque a gente descobre muitas coisas em comum; é como se fosse uma sessão de terapia."

Precisamos falar de escape de urina como falamos de espinha na adolescência, primeira menstruação, cólica. Ele tem que entrar no nosso vocabulário de troca, de pensar sobre saúde Lúcia Helena de Oliveira, colunista de VivaBem

Uma das formas de prevenir ou minimizar os escapes de xixi é fortalecer a musculatura do assoalho pélvico. No VivaBem no Seu Tempo, o público presente participou de aulas com exercícios que trabalham a região. Veja aqui três deles, que são simples e podem ser feitos em casa.

Imagem: Mari Pekin/UOL

O evento do UOL teve também outras atividades focadas na saúde e bem-estar do público acima de 45 anos, como aula de ioga, massagem e orientação nutricional. Além disso, a atriz Flávia Alessandra conversou sobre assuntos importantes da maturidade com Cláudia Raia, Jarbas Homem de Mello, Carmo Della Vecchia, Luciana Mello e Cláudia Ohana. Confira as entrevistas mais abaixo e no YouTube de VivaBem.

*O VivaBem no Seu Tempo teve patrocínio de A.C. Camargo Cancer Center, Oi e POISE, além de apoio de Amanary SPA e UTreino.

Carmo Dalla Vechia: 'Curto me olhar no espelho e ver o tempo passando'

Em conversa com a atriz Flávia Alessandra no VivaBem No Seu Tempo, o ator Carmo Dalla Vechia deixou claro que continua com a cabeça aberta para viver novas experiências —ele começou a estudar piano aos 47 e a fazer sapateado aos 49. Além disso, revelou que gosta da maturidade e das coisas que o passar dos anos nos traz.

Claudia Raia: 'Após os 40, a mulher é colocada num buraco e fica invisível'

Em conversa com a atriz Flávia Alessandra no VivaBem No Seu Tempo, a atriz Claudia Raia e o ator Jarbas Homem de Mello falaram sobre como é diferente começar um relacionamento na maturidade, a invisibilidade da mulher após a menopausa, como o sexo melhora nessa fase da vida e muito mais.

Luciana Mello fala sobre vantagens da maturidade: 'Ganhamos paciência'

No VivaBem no Seu Tempo, a cantora Luciana Mello contou como lida com o passar do tempo e desfruta daquilo que só a maturidade pode trazer.

Comunicar erro

Comunique à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Escapes de xixi são comuns: normalizar assunto facilita busca por soluções - UOL

Obs: Link e título da página são enviados automaticamente ao UOL

Ao prosseguir você concorda com nossa Política de Privacidade


VivaBem No Seu Tempo