7 truques médicos para prevenir e controlar dor nos joelhos
Colaboração para VivaBem
07/10/2024 14h41Atualizada em 07/10/2024 15h11
Muita gente acredita que dor no joelho é queixa de quem está envelhecendo. De fato, ossos, articulações e músculos sofrem mudanças naturais com a passagem do tempo, e esses processos podem mesmo levar a dor. Mas não são apenas os idosos que sofrem com esse tipo de incômodo.
O joelho faz parte do sistema musculoesquelético e é considerado a maior articulação do corpo. Ele é formado por cartilagens e ligamentos, além de quatro ossos: fêmur (na coxa), tíbia (na parte da frente da perna), fíbula (na parte de dentro do joelho) e patela (parte da frente do joelho).
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Imagine uma alavanca, que precisa de lubrificação e amortecimento para funcionar direito. O joelho é exatamente assim e tem até uma espécie de almofada de cartilagem (o menisco) com a função de reduzir o atrito da estrutura.
Os tipos de dor
O funcionamento do joelho pode ser alterado na presença de lesão, desgaste ou doença. É aí que a dor aparece. Ela pode ser de dois tipos:
- Traumática, decorrente de queda ou batida durante atividade física;
- Degenerativas, como a artrose.
A articulação pode doer devido a processos inflamatórios, incluídas as doenças autoimunes, como artrite reumatoide, espondiloartrite e lúpus. Além dessas situações, desgaste por uso excessivo da articulação, desalinhamento dos joelhos e sobrepeso entram na lista de causas de desconforto.
Segredos médicos para prevenir e controlar a dor
1. Fuja da automedicação: tomar remédio por conta própria atrasa diagnósticos precisos. E quanto mais cedo se souber a causa da dor, maiores as chances de resolvê-la. Se junto com dor houver inchaço ou rigidez, principalmente pela manhã, vá ao médico.
2. Enfrente a dor: se ela for persistente, o melhor é marcar uma consulta com o ortopedista em vez de camuflá-la com analgésicos e anti-inflamatórios.
3. Faça os exercícios certos: um fisioterapeuta ou educador físico pode ajudar a descobrir quais movimentos evitar e quais incluir no treino para fortalecer os músculos ao redor do joelho e prevenir dores.
4. Respeite a articulação: tome cuidado com movimentos de parada brusca e corridas em declive, que sobrecarregam a articulação, principalmente a parte da frente da patela. Isso vale para qualquer joelho: com ou sem dor.
5. Evite atividades repetitivas: pular corda, subir e descer escadas e fazer agachamento são exercícios a serem feitos com moderação para quem tem joelho com limitação.
6. Pedale certo: ajuste a altura do selim da bicicleta de modo que as pernas não fiquem totalmente estendidas nem flexionadas demais ao pedalar.
7. Adapte os exercícios: pense em substituir atividades de alto impacto, como futebol, corrida, além de exercícios de musculação que exigem muito dos joelhos, por modalidades menos agressivas com essa articulação. Converse com seu médico e com seu treinador sobre alternativas.
Fontes: Moisés Cohen, professor titular e chefe do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Unifesp, presidente da Sociedade Mundial de Artroscopia, Cirurgia do Joelho e Trauma Desportivo (ISAKOS) e diretor do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte (SP); Alexandre Stivanin, especialista em cirurgia do joelho pela Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho (SBCJ) e membro do corpo clínico do Hospital Samaritano (SP); Licia Maria Henrique da Mota, presidente da comissão de Artrite Reumatoide da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR); Paulo Eduardo Ramos, especialista em acupuntura pelo Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM) e responsável pelo Ambulatório de Medicina Tradicional Chinesa do Setor de Investigação de Doenças Neuromusculares da Unifesp; Naasson Cavanellas, chefe de Centro de Cirurgia e Joelho do Instituto Nacional de Ortopedia e Traumatologia do Ministério da Saúde.
*Com informações de reportagem publicada em 25/10/2018