Stalkear nas redes sociais, mas nunca postar nada, tem explicação psíquica
Colaboração para VivaBem*
11/10/2024 15h15
Você conhece alguém que, apesar de estar sempre nas redes sociais, nunca publica nada? Essas pessoas, chamadas de "low profile", têm um comportamento que, segundo especialistas, é mais comum do que se imagina.
Todd Kunsman, especialista em redes sociais e marketing, explica que, embora não tenham interesse em expor suas vidas, esses sujeitos desejam se manter atualizados sobre o que acontece ao seu redor. Kunsman também observa que aqueles que adotam esse perfil discreto costumam apresentar algumas características. Veja a seguir.
Motivos por trás do comportamento
Preferência por consumir conteúdo: aqueles que preferem stalkear tendem a consumir informações em vez de criá-las. Navegam pelos feeds, absorvendo dados, mas raramente comentam ou fazem postagens. Essa escolha pode ser motivada pelo medo de críticas ou pela simples preferência por consumir.
Busca por discrição e segurança: perfis de stalkers geralmente são difíceis de se localizar. Essa busca por privacidade reflete a preocupação crescente com a proteção de dados pessoais na era digital, em que tudo é acessível com um toque.
Preferência por conexões autênticas: curiosamente, os que preferem stalkear se sentem mais confortáveis em interações presenciais, valorizando a autenticidade das conversas cara a cara. Eles refletem a diversidade nas redes sociais, mostrando que muitos não buscam validação pública, mas preferem conexões mais tradicionais e significativas.
Mas stalkear tem lado ruim e prejudicial
Em alguns casos, o desejo de stalkear, principalmente o par, pode ser um sinal de alerta para lidar com a própria falta de autoconfiança. Em geral, quem é desconfiado no início permanece assim durante toda a relação. É o tipo de pessoa que pode começar a namorar e já suspeitar que está sendo traído.
Claro que não há problema algum em buscar mais informações online sobre um desconhecido, mas é preciso perceber quando a ação está saindo do controle.
Um sinal de que está passando dos limites é ficar tão angustiado com o resultado da investigação que não consegue nem curtir a pessoa quando está com ela, ao vivo, porque está preso nos próprios pensamentos.
Também é preciso tomar cuidado para:
A naturalidade da relação não ficar comprometida;
Não alimentar expectativas, que podem não ser correspondidas;
Não se tornar seletivo demais com a paranoia de investigar e, sem conhecer pessoalmente o outro, achar que ninguém é bom o bastante.
Não abalar a confiança da relação. Uma questão igualmente delicada é que o stalker não costuma contar para o outro o que, de fato, vasculhou sobre a vida dele —ainda mais quando essa investigação inclui entrar nas páginas de ex-namorados, amigos e familiares. Dessa forma, a relação já começa com uma dissimulação.
Não falar a respeito do que descobre também pode gerar angústia. Você não conversa sobre as descobertas feitas, guarda para você e acaba criando situações que podem causar sofrimento.
*Com informações de reportagem publicada em 03/04/2017