Sintomas de colesterol alto para ficar atento e o que comer para controlar
Colaboração para VivaBem*
18/10/2024 16h54
O colesterol LDL (do inglês low density lipoprotein) transporta o colesterol e um pouco de triglicerídeos pelo sangue, para armazená-los e utilizá-los em biossínteses (processos e que são produzidos compostos químicos).
Por conta de sua função, o LDL facilita o acúmulo de gordura nos vasos sanguíneos, podendo levar à formação de placas que aumentam o risco de infarto e derrame — processo conhecido como aterosclerose. É por isso que o LDL é o vilão da história, o "mau colesterol", e seu nível deve ser mantido baixo.
Quando está muito alto, há sintomas
Ter colesterol elevado não provoca sintomas. Porém, em alguns casos, quando os valores estão extremamente elevados, é possível que haja alguns sinais clínicos, como:
No rosto
Arco córneo: halo esbranquiçado nos olhos que aparece em indivíduos abaixo de 45 anos.
Olhos fundos e sombreados: bolsas de gordura podem se formar abaixo dos olhos e criar uma sombra nessa região, mas não necessariamente um escurecimento da pele. Se o osso da bochecha (zigomático) for mais elevado, maior será o efeito de olhos fundos e sombreados.
Xantelasmas: pontos amarelos de gordura ao redor dos olhos.
Mãos
Xantomas: depósitos de gordura amarelada em articulações ou tendões, deixando-os doloridos e inchados. É mais comum esse sinal na articulação do dedo, mas outras partes do corpo estão sujeitas, como o calcanhar.
Formigamentos doloridos: indícios de que o colesterol pode estar muito elevado, limitando até mesmo o fluxo sanguíneo.
Pernas
Dormência e dores: com o estreitamento ou bloqueio dos vasos sanguíneos e artérias por acúmulo de placas de gordura, dormência e dores podem descer para as pernas. Nos membros, os sintomas são mais perceptíveis nas panturrilhas e coxas. Mas qualquer área entre pés e quadris pode ser afetada.
Se não tratada, essa doença pode levar a graves desfechos, incluindo gangrena ou até mesmo amputações. Por isso, é fundamental consultar seu médico.
A adoção de hábitos de vida saudáveis, como uma dieta balanceada e a prática regular de atividade física, é fundamental para a prevenção, sobretudo, de fatores de risco cardiovasculares.
Cuidado com a alimentação
Para manter o LDL em um nível saudável, deve-se evitar alimentos gordurosos em excesso, particularmente os de origem animal, como leite integral e derivados, gema de ovo, carnes gordas, miúdos (moela, coração, fígado etc.), frutos do mar (camarão, lagosta, mariscos, polvo, lula, caviar etc.).
O consumo de frutas, legumes e verduras, ricos em fibras e antioxidantes, tem ação benéfica sobre o perfil lipídico.
Veja a seguir alguns alimentos cujo consumo pode auxiliar na redução do colesterol ruim e/ou aumento do HDL (colesterol bom), quando associados a outros hábitos saudáveis, como dieta equilibrada e atividade física:
Grãos integrais (farelo de aveia, farinha de linhaça, farelo de trigo etc.): estudos indicam que o consumo de três porções (90 g) de grãos integrais por dia foi associado à melhora do perfil lipídico.
Peixes gordos: a recomendação é consumir duas vezes na semana peixes como salmão, sardinha, arenque, cavala, atum voador e linguado, ricos em ômega 3, de preferência assados.
Fitoesteróis: componentes exclusivos dos vegetais que possuem estrutura semelhante à do colesterol, e por isso competem com eles na digestão. Estudos indicam que 2 g ao dia levam a uma redução de 10% no LDL. Pode ser encontrado em alimentos como nozes, soja, amêndoas ou abacate, adicionados a alimentos ou ingeridos em cápsulas.
Alho cru: possui substâncias que agem no fígado, podendo ajudar no controle do colesterol.
Azeite: rico em ômega 3, 9 e polifenóis, também ajuda a aumentar o HDL. Só não vale exagerar, já que o óleo é calórico.
Uva: suco integral de uva protege as artérias contra a oxidação do colesterol livre no sangue.
*Com informações de reportagens publicadas em 23/01/2023 e 06/11/2018