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Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Quais são as doenças mais antigas da humanidade ainda sem cura?

Ilustração de um enfermeiro lavando feridas de uma pessoa com hanseníase Imagem: SPL/Science Source

Colaboração para VivaBem*

23/10/2024 12h11

Apesar dos notáveis avanços na medicina e na tecnologia, muitas enfermidades continuam sem cura definitiva. Algumas são tão antigas que já eram documentadas em textos de civilizações antigas, como as dos egípcios e gregos.

À medida que os séculos avançaram, a sociedade aprendeu a lidar com os sintomas, a prolongar a vida dos afetados e até a prevenir algumas doenças, mas encontrar uma cura ainda é um desafio para muitas condições.

A complexidade dos patógenos e a falta de entendimento sobre o comportamento das doenças no corpo humano contribuem para essa realidade.

Doenças que não têm cura definitiva

Raiva: é causada por um vírus que afeta o sistema nervoso central, tanto de animais quanto de seres humanos. É mencionada em textos antigos, incluindo a Bíblia e os escritos de Hipócrates. Em humanos, é praticamente mortal. Os índices de cura são muito baixos, uma vez que ela se manifesta no corpo.

Lúpus: é uma doença autoimune crônica sem cura, mas que pode ser manejada com medicamentos. Há registros sobre a doença no século 19, no entanto, relatos anteriores sugerem que a doença já era conhecida na Idade Média.

Esclerose lateral amiotrófica, ou ELA: é uma doença neurodegenerativa progressiva sem cura que foi identificada em 1869 pelo neurologista francês Jean-Martin Charcot. Ficou amplamente conhecida em 1941, quando terminou a carreira do jogador de beisebol Lou Gehrig.

Fibrose cística: é uma doença genética que afeta principalmente os pulmões e o sistema digestivo. Apesar de não ter cura, há tratamentos que ajudam a controlar os sintomas. Foi descrita pela primeira vez em 1938 por Dorothy Hansine Andersen, mas pode ter surgido em populações europeias cerca de 5.000 anos atrás.

Alzheimer: é uma doença neurodegenerativa sem cura, embora existam tratamentos que podem aliviar alguns sintomas. A doença foi descrita pela primeira vez em 1906 pelo médico alemão Alois Alzheimer. Mas a demência tem registros na história desde pelo menos o século 13, quando o termo começou a ser usado.

E quanto à hanseníase (lepra)?

A hanseníase, também conhecida como lepra, é uma das doenças mais antigas registradas na história. Existem referências à doença já no século 6 a.C. Acredita-se que a hanseníase tenha surgido no Oriente e se espalhado pelo mundo por nômades ou por navegadores, como os fenícios.

No início da década de 1990, a Assembleia Mundial da Saúde, órgão decisório da OMS, estabeleceu como meta a erradicação da doença até o ano 2000. No entanto, cerca de 200 mil pessoas ainda são diagnosticadas com hanseníase todos os anos. Mais da metade dos casos conhecidos estão na Índia, seguida pelo Brasil e pela Indonésia.

Mas a hanseníase tem cura e o tratamento envolve uma combinação de medicamentos.

*Com informações de reportagens publicadas em 29/01/2023 e 03/04/2024

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