7 erros que cometemos ao tomar banho e que precisam ser evitados
Colaboração para VivaBem
31/10/2024 14h22
O hábito de tomar banho pode parecer algo simples e automático do cotidiano, mas algumas atitudes podem fazer mal. Por isso, é importante ficar atento e transformar a relação com a higiene do corpo.
Veja alguns erros que cometemos e que precisam ser evitados:
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1. Banhos em excesso
Banho em excesso pode alterar o manto hidrolipídico (camada de gordura como se fosse uma película que protege a epiderme) da pele, fazendo com ela fique desprotegida e se desidrate.
Por isso, o indicado é que os banhos diários tenham duração de 5 minutos ou dois banhos de 3 minutos. Tomar banho à noite também é uma opção recomendada porque auxilia a remover as impurezas acumuladas durante o dia.
2. Água muito quente
Tomar banho com a água muito quente remove a oleosidade natural da pele e pode ressecar, produzir prurido e agravar doenças de pele preexistentes. O ideal é, no máximo, morna.
"Um banho relaxante e quentinho de vez em quando, seguido por hidratação vigorosa da pele, pode. Mas nunca com água muito quente", explica Ana Benevides, médica dermatologista do Grupo CAM, em Salvador.
Também é essencial lembrar-se da hidratação a ser realizada por volta de até três minutos após o banho.
3. Sabonete inadequado
O sabonete comum (que compramos no supermercado) é suficiente para higienizar e adequado para quase todo mundo. Mas existem algumas exceções, apesar de raras, como pessoas com pele muito sensível ou algum tipo de alergia.
Nesses casos, o indicado é usar sabonetes especiais e sem perfume. Quem tem infecções na pele pode ter indicação de usar sabonete antibacteriano por um período de tempo, mas não é necessário, nem recomendável, o uso contínuo. Isso porque podem eliminar as chamadas bactérias do bem, gerar um desequilíbrio na pele e enfraquecer as defesas do organismo.
4. Sabonete no corpo todo
O indicado é utilizar sabonete no corpo todo apenas uma vez ao dia. Se tomar banho mais de uma vez, usar apenas onde houver excesso de transpiração. Isso porque nas pernas e braços o uso excessivo de sabão pode ressecar muito a pele.
Usar sabonetes perfumados na vagina pode irritá-la, alterar a flora vaginal e perturbar o equilíbrio das bactérias naturais, o que pode levar à vaginose bacteriana. O ideal é utilizar sabonetes que mantenham o pH da vagina, específico para higiene íntima e sem perfume.
5. Não trocar a toalha
A troca da toalha deve ser feita com periodicidade, só que essa frequência vai depender de muitos fatores. Não há estudos que demonstrem um intervalo melhor.
Pode ser recomendada uma troca diária se usada num pós-operatório ou num recém-nascido, por exemplo. Em condições normais, há quem acredite que uma vez por semana é suficiente. Outros falam em trocar depois de usar três vezes ou mesmo 2 vezes por semana.
Por isso, o importante é sempre ficar atento para trocá-la com frequência. Pendurá-la aberta ao invés de em um gancho é melhor para secar mais rápido e evitar a proliferação de fungos e bactérias.
6. Esponja de banho
As esponjas de banho não são recomendadas de forma habitual, pois podem prejudicar a barreira cutânea — importante para manutenção de uma pele hidratada, proteção contra alérgenos e contra o prurido. Em situações muito específicas e por períodos curtos, pode-se indicar alguma esfoliação da pele com esponjas.
Nessas situações, elas devem estar em boas condições de uso e secas ao sol de preferência, para evitar proliferação de fungos e bactérias.
7. Lavar o cabelo todo dia
A frequência de lavagem do cabelo deve ser guiada pelo grau de oleosidade do couro cabeludo. Algumas pessoas vão precisar lavar todo dia, outras não.
O cuidado vai ser com a água quente que pode "roubar" a hidratação natural do cabelo e usar produtos adequados para não ressecar ou deixá-los muito oleosos.
Fontes: Ana Carolina Benevides, dermatologista do Grupo CAM, em Salvador; Carla Albuquerque, dermatologista, membro da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) e da International Fellow, da Academia Americana de Dermatologia; e Fátima Tubini, dermatologista da Academia da Pele e membro da SBD.
*Com informações de reportagem publicada em 03/05/2021