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Não é tudo igual, nem tem só uma forma: 8 tipos de depressão e sintomas

Imagem: Getty Images

Colaboração para VivaBem*

06/11/2024 15h40

Um episódio depressivo pode ser categorizado como leve, moderado ou grave, a depender da intensidade dos sintomas. No entanto, apesar de parecer um quadro único com apenas essas três divisões, existem tipos diferentes de depressão, com sintomas e impactos diversos no dia a dia.

Veja a seguir os quadros depressivos mais comuns e suas características:

Imagem: Getty Images

1. Transtorno depressivo maior (depressão unipolar): é o tipo de depressão mais frequente e conhecido. Caracteriza-se por um quadro de humor deprimido, perda de interesse e de prazer, energia reduzida, diminuição das atividades e, em casos mais graves, sofrimento, melancolia e incapacidade temporária, especialmente quando não tratado.

2. Depressão bipolar: transtorno bipolar é diferente da depressão, mas esse tipo consta nesta lista porque a pessoa experimenta episódios de humor extremamente deprimido que satisfazem os critérios para depressão maior. É a alternância de momentos depressivos com períodos de extremos, eufóricos ou irritáveis, chamados "mania" ou "hipomania", uma forma menos grave.

3. Distimia (transtorno depressivo persistente): é uma forma de depressão crônica — com duração mínima de dois anos—, de intensidade moderada, quando o indivíduo fica predominantemente triste, desanimado, pessimista e sem vontade de agir, com pouca energia e concentração. Uma pessoa diagnosticada pode ter episódios de depressão maior, juntamente com períodos de sintomas menos graves.

4. Depressão pós-parto: os sintomas podem aparecer nas primeiras semanas depois do parto ou mesmo durante a gestação. Os sentimentos de extrema tristeza, ansiedade e exaustão podem dificultar que a mãe realize atividades diárias de cuidado do bebê e de si mesma. É bem mais grave do que a sensação de ansiedade que muitas mulheres experimentam após o parto, que normalmente desaparece dentro de duas semanas.

Imagem: FatCamera/Getty Images

5. Transtorno disfórico pré-menstrual: conhecida como TDPM, surge quase todos os meses no período que antecede a menstruação e cessa quando o ciclo se inicia. Assim como a TPM, decorre de uma baixa de estrogênio, o hormônio feminino. Os sintomas, no entanto, são muito mais severos do que a tensão pré-menstrual comum, a ponto de deixar a paciente incapaz de exercer atividades, por tristeza, irritabilidade, vontade de isolamento e muita indisposição.

6. Transtorno afetivo sazonal: é o nome dado à depressão durante os meses de inverno, quando há menos luz solar natural, em particular em países de clima temperado, onde os dias de invernos são curtos e a exposição à luz é reduzida. A depressão de inverno, que costuma se repetir todos os anos, é acompanhada de retraimento social, aumento do sono e ganho de peso.

7. Depressão psicótica: ocorre quando uma pessoa tem depressão grave e sintomas psicóticos, como ter falsas crenças (delírios) e ouvir ou ver coisas perturbadoras que os outros não conseguem perceber também (alucinações). Os sintomas psicóticos geralmente têm um "tema" depressivo, como delírios de culpa, pobreza ou doença, podendo também ter um conteúdo persecutório.

8. Transtorno depressivo induzido por substância/medicamento: está associado à ingestão, injeção ou inalação de uma substância (droga de abuso, exposição a uma toxina ou uso de medicamento), e incluem os sintomas de um transtorno depressivo que persistem além da duração esperada dos efeitos fisiológicos da intoxicação ou período de abstinência.

Sintomas gerais da depressão

Alguns dos indícios da doença são:

Ansiedade;

Alterações do apetite e de peso;

Dificuldade para dormir e/ou sono agitado;

Dor crônica;

Agitação ou lentificação motora;

Fadiga ou perda de energia;

Sentimentos de inutilidade ou de culpa;

Dificuldade de concentração e de tomar decisões;

Em casos mais graves, pensamentos de morte e ideação suicida.

Além desses itens descritos, que devem estar presentes por pelo menos duas semanas, o médico também precisa considerar a história de vida do paciente ao realizar o diagnóstico.

*Com informações de reportagem publicada em 03/10/2018

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