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6 erros comuns para evitar em tratamentos com antibióticos

Imagem: iStock

Colaboração para VivaBem*

14/11/2024 16h41

Ao ter dor de garganta, gripe ou um resfriado mais forte, mesmo sem prescrição médica, muitas pessoas dão um jeito para tomar antibiótico e resolver o problema. Isso é um grande erro.

Além de nem sempre funcionar para tratar a doença que você tem, o uso desses medicamentos sem orientação médica pode tornar as bactérias mais resistentes e trazer diversas complicações à saúde.

Ainda é importante ressaltar que antibiótico serve para matar bactérias, e não vírus (que são os causadores da gripe, resfriado, covid-19 etc.).

Além de tomar esse medicamento sem prescrição, há outros erros que prejudicam a eficácia do tratamento e podem colocar sua saúde em risco. Mostramos alguns deles a seguir:

1. Abandonar o tratamento antes do final

Após ser ingerido, o antibiótico tem um tempo específico de "vida" em nosso organismo —isto é, um período que a substância permanece no corpo. Com base no tipo e na gravidade da doença, bem como a classe de antibióticos e seu tempo de vida, o médico prescreve o remédio para dez, sete, três dias... Esse período deve ser respeitado, mesmo que você deixe de apresentar sintomas da doença que está tratando.

Abandonar o tratamento antes do final pode tonar a bactéria ainda mais forte, porque ela não morre e pode gerar uma resistência ao medicamento ao qual foi exposta.

Imagem: iStock

2. Não tomar o remédio no horário certo

O intervalo entre as doses é calculado de acordo com a chamada meia-vida do remédio —tempo que leva para que a concentração da droga no organismo seja reduzida pela metade. Uma dose ingerida antes da hora pode causar intoxicação ou simplesmente não ser absorvida pelo organismo. E se passar muito tempo da hora de tomar o remédio, a concentração da substância irá diminuir e você pode ter uma piora nos sintomas da doença e prejudicar a eficácia do tratamento.

3. Não ingerir a dose recomendada

Ao escolher a dose, o profissional leva em conta não só a doença, como também peso, idade e doenças relacionadas do paciente. Por isso, a dose também é um fator importante a ser respeitado. Se os sintomas piorarem, informe o seu médico antes de tomar qualquer atitude.

Imagem: Getty Images

4. Tomar leite junto com antibiótico

O erro não vale para todos os tipos de antibióticos. Mas o cálcio dos laticínios pode inativar o efeito da tetraciclina, antibiótico bastante usado no tratamento de acne e no combate a um amplo espectro de bactérias. O medicamento adere ao mineral e acaba tendo sua eficácia reduzida. A recomendação é dar um intervalo de uma hora entre a administração do antibiótico e a ingestão de leite, queijo ou iogurte.

5. Consumir álcool durante o tratamento

É comum ouvir que ingerir álcool "corta" o efeito do antibiótico. Apesar de não ser exatamente isso que ocorre, a combinação não é recomendada pelos especialistas. O consumo de bebidas em conjunto com o remédio pode gerar reações e efeitos adversos, além de sobrecarregar o fígado —órgão responsável por metabolizar tanto o medicamento quanto o álcool no organismo.

Além disso, o álcool tem efeito diurético e pode fazer com que a concentração do antibiótico no corpo diminua mais rapidamente do que o normal, prejudicando seu efeito entre uma dose e outra (estamos falando da dose do remédio, não da "cachaça", ok?).

A bebida ainda prejudica a imunidade e irrita o sistema gastrointestinal, o que também pode acontecer com o uso do medicamento. Por todos esses motivos, o melhor é evitar beber durante o tratamento. O líquido mais indicado para acompanhar a ingestão de antibiótico é a água.

Imagem: Getty Images

6. Usar um antibiótico que sobrou de tratamento anterior

O erro é grave com qualquer medicamento, mas, com os antibióticos, o perigo é dobrado. Há vários riscos envolvidos: alergia, diarreia, dores no estômago, intoxicação e o não tratamento da doença são só alguns deles.

E além do favorecimento do surgimento de superbactérias, tomar o medicamento à toa acaba afetando as bactérias naturais do nosso corpo e, muitas vezes, elas se tornam nocivas e passam a causar doenças.

Não é porque um medicamento funcionou em um tratamento anterior que ele deve ser usado novamente para o mesmo problema. A indicação é consultar um médico, que irá determinar a substância, a dose e o tempo de uso correto do tratamento.

*Com informações de reportagens publicadas em 30/12/2020 e 26/08/2024

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