Dormir com braços cruzados: saiba o que isso significa, segundo psicologia
Colaboração para VivaBem*
14/11/2024 13h31
Não existe posição certa para dormir, isso é muito individual. Porém, é sabido que sem conforto, segurança e boa postura durante o sono, a probabilidade de se ter ou piorar vários quadros clínicos é maior.
Braço cruzado: corpo fechado
Dormir com os braços cruzados sobre o peito pode ser um sinal inconsciente de que nos sentimos ameaçados ou intimidados.
Nesse caso, a mente pode usar o gesto como uma forma de proteção, quase como se estivéssemos nos defendendo de uma ameaça. Esse comportamento pode, portanto, ser interpretado como um mecanismo de autodefesa.
Além disso, algumas pessoas adotam a posição fetal ao dormir, cruzando os braços sobre os joelhos. De acordo com os especialistas, esse gesto pode indicar falta de confiança ou a necessidade de maior segurança emocional.
Pode prejudicar órgãos vitais e postura
Dormir com os braços cruzados pode impactar o corpo fisicamente, gerando pressão no peito e no coração. Isso pode dificultar a chegada da quantidade necessária de oxigênio ao cérebro, o que pode contribuir para o surgimento de distúrbios do sono.
Dormir todo encolhido também pode causar dores no pescoço e dificuldade na respiração, pois as vértebras cervicais e a caixa torácica ficam comprimidas, além de gerar prejuízos na circulação.
Para dormir melhor na posição fetal, é recomendável estender pelo menos uma perna, colocar uma almofada entre os joelhos e usar travesseiro firme e ajustado à cabeça. Também vale variar a posição de sono ao longo da noite, para evitar tensões e dores.
Identificar as razões que nos levam a adotar esse tipo de comportamento enquanto dormimos pode ser um passo importante para encontrar uma solução.
Como melhorar a qualidade do sono?
Para melhorar a qualidade das horas dormidas, os especialistas recomendam praticar a higiene do sono. Veja como a seguir.
Crie um ambiente agradável: um quarto escuro, fresco e silencioso ajuda a adormecer;
Evite associar a cama ao trabalho ou outros estímulos;
Colchão e travesseiros adequados, assim como lençóis e cobertores, favorecem a sensação de conforto e bem-estar;
Reduza o uso de eletrônicos à noite: as telas azuis têm efeito estimulante. Desligue-os uma hora antes de dormir e silencie as notificações;
Exercite-se e coma bem: evite exercícios e refeições perto da hora de dormir;
Reduza a ingestão de álcool e cafeína, pois são estimulantes e atrapalham o adormecimento;
Relaxe: pratique ioga, meditação ou outras técnicas de relaxamento.
Até o sexo pode ajudar. "Estudos da Universidade de Ottawa (Canadá) apontaram que a atividade sexual antes de dormir pode ajudar a aliviar os sintomas de insônia. Uma boa noite de sono contribui para o aumento da testosterona e, consequentemente, do desejo sexual", indica a psicóloga Theresa Schnorbach, cientista do sono. Há também aumento de ocitocina e prolactina, hormônios que promovem sensações de prazer e maior relaxamento.
*Com informações de reportagens publicadas em 20/09/2024, 13/03/2024 e 12/06/2022