10 traços típicos de pessoas com 'coração frio', sem nenhuma empatia

A psicanalista Maria Teresa Lopes explica que a empatia é um sentimento que só pode se manifestar quando alguém se coloca no lugar do outro. "Está diretamente ligada à compaixão e ao processo de identificação. Quando ocorre uma falha neste processo, ainda nos primórdios da vida do sujeito, com certeza comprometerá o desenvolvimento emocional e psíquico", explica.

A psicóloga Alessandra Augusto, que é pós-graduanda em terapia cognitivo-comportamental e em neuropsicopedagogia, alerta que o comportamento de uma pessoa "sem empatia" com o próximo (popularmente reconhecida como tendo o "coração frio") pode estar ligado a um transtorno de conduta ainda criança e depois evoluir para um transtorno de personalidade. Estamos falando de um indivíduo:

  1. Indiferente;
  2. Violador dos direitos alheios;
  3. Sem compaixão ou remorso;
  4. Que chega a ser agressivo e vingativo;
  5. Sempre em problemas com os amigos ou manipulador;
  6. Constantemente na defensiva;
  7. Que dificilmente assume o sofrimento, que define como fracasso;
  8. Impulsivo, que sai do emprego sem planejar;
  9. Troca de relacionamentos compulsivamente;
  10. Projeta a culpa em terceiros.

A especialista acrescenta que esse tipo de transtorno comportamental é apresentado na maior parte em pessoas do sexo masculino, mas as mulheres também podem ter. "A incidência maior é nos meninos e se manifesta de forma mais violenta, sendo comum atos de vandalismo e afronta às autoridades. Eles ficam irritados quando recebem ordens."

Pode, ou não, ser psicopatia

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Imagem: iStock

Geralmente, os psicopatas se apresentam como pessoas frias, manipuladoras, calculistas. Mas uma pessoa com patologias narcísicas também pode ser confundida por esses sintomas. A diferença é que o narcisista é voltado para ele mesmo, mas não sem emoção e muito menos calculista. "Ele simplesmente ignora o outro", diz Lopes.

Segundo ela, aqueles que muitas vezes chamamos de egoístas nem sempre são narcisistas. Muitas vezes são pessoas neuróticas que tiveram questões com os limites. "Antes a vida das pessoas era extremamente corrida, sem tempo para nada. E esse 'sem tempo' inclui pais que trabalham durante o dia, muitas vezes estendendo esse 'sem tempo' para seus filhos, deixando-os serem cuidados e educados por outros. Em função da culpa que isso gera, os adultos acabam não dando limites necessários para que as crianças possam se sentir amadas e cuidadas por eles", analisa.

Quer ser alguém melhor?

Praticar empatia começa com o ato de não julgar. Ao evitar focar nas falhas dos outros, você se torna mais capaz de ouvir, compreender e oferecer apoio.

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Em vez de criticar, procure soluções e se abra para as histórias alheias, superando preconceitos e aceitando diferentes pontos de vista, sem precisar concordar com tudo.

Pratique a escuta atenta e, se não puder ouvir alguém no momento, seja educado e marque outro horário para conversar. Esteja disposto a ajudar de forma prática e busque entender o que os outros enfrentam, especialmente em contextos desconhecidos.

Reconhecer as diferenças é crucial para a empatia, pois nos coloca em uma posição de vulnerabilidade, permitindo uma conexão mais profunda.

Trate as pessoas com respeito, especialmente em momentos de estresse, e lembre-se de que sua postura durante os conflitos pode ser inesquecível.

Demonstre confiança: fofocas e críticas afastam as pessoas, enquanto a sinceridade e a confiabilidade fortalecem relações empáticas.

O tratamento para psicopatas inclui terapia cognitivo-comportamental e, em alguns casos, medicamentos para controlar comportamentos agressivos. No entanto, a eficácia pode ser limitada devido à natureza do transtorno.

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*Com informações de reportagem publicada em 25/01/2021