Lexa usa ultrassom portátil para ver bebê, mas prática tem riscos ocultos
A cantora Lexa, que está grávida de sua primeira filha com o ator Ricardo Vianna, publicou na segunda-feira (25) um vídeo que dividiu opiniões nas redes sociais. Nele, a artista aparece utilizando um aparelho de ultrassonografia fetal portátil para ver imagens de sua filha, Sofia.
Procedimento repercutiu
O registro causou espanto em algumas pessoas nas redes sociais, que escreveram comentários como "Ultrassom portátil? Chocada que isso existe" e "eu quero, se eu achar eu compro, nem que eu parcele em 10 vezes".
Outros advertiram sobre os perigos de ter esse tipo de aparelho em casa na gestação: "Lexa, só toma cuidado com algumas coisas. Às vezes ficamos ansiosas, e qualquer mudança da criança pode nos afetar", comentou uma seguidora, preocupada.
Ao ver alguns comentários como este último, Lexa respondeu. "Ultrassom não faz mal. Eu não faço todos os dias, faço quando chego de shows ou em algum dia muito cansativo. Aí gosto de ver como está a princesa."
Como é o aparelho
O ultrassom obstétrico é o principal meio pelo qual os pais e o obstetra acompanham o desenvolvimento de um bebê. Por meio dele, é possível identificar a morfologia, idade gestacional, os órgãos, crescimento fetal e o bem-estar do bebê.
Já o ultrassom portátil pode ser utilizado por médicos para diagnósticos mais rápidos. Esse tipo de equipamento não oferece muitas das funções de um aparelho mais robusto. Na internet, são encontrados a preços que variam de R$ 5 mil a mais de R$ 14 mil.
Perigos do ultrassom portátil
Do ponto de vista físico, o uso do equipamento não causa danos à saúde da mãe ou do bebê, mas esse tipo de monitoramento pode ser prejudicial do ponto de vista emocional. "O ultrassom, de maneira geral, não foi feito para leigos", diz a obstetra Larissa Cassiano, mestra em gestação de alto risco pela Faculdade de Medicina da USP. Ela explica que são necessários conhecimentos técnicos e anatômicos apurados para o uso desse tipo de aparelho.
A obstetra vê três problemas do uso por grávidas: o primeiro é a ação desencadear ansiedade; o segundo é a gestante achar que está tudo normal porque viu ou ouviu o coração do bebê e, assim, não conseguir identificar possíveis alterações e buscar ajuda médica; o terceira é ela achar que pode ter algo de errado quando não tem.
A obstetra trouxe o exemplo de uma de suas pacientes, que utilizava um sonar (um doppler portátil utilizado para ouvir batimentos cardíacos do bebê) e achou que não estava ouvindo o batimento cardíaco do bebê, causando desespero. "Às vezes a gente acredita muito nessa sensação de segurança que esses aparelhos estão trazendo", alerta.
É possível que, em alguns casos, não se ouça o coração do bebê, como quando a gestante ainda está na fase inicial. [...] E também existe uma possibilidade muito grande de ela ouvir o batimento dela e não do bebê.
Larissa Cassiano