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Zé Neto diz que se arrepende de ter fumado; quais os perigos do vape?

Sertanejo diz que cigarro foi uma das piores coisas que aconteceram na sua vida Imagem: Manuela Scarpa/Brazil News

De VivaBem, em São Paulo*

02/12/2024 10h48

Zé Neto, da dupla com Cristiano, relatou que passou por períodos difíceis por causa de problemas de saúde mental, como depressão e síndrome do pânico, e teve problemas nos pulmões por causa do uso de cigarro eletrônico, conhecido como vape.

"Só me arrependo até hoje de ter fumado. O cigarro foi uma das piores coisas que aconteceram comigo. Eu acho que o cigarro foi o grande culpado para a minha depressão ter piorado, porque ele atacou na coisa que mais amo fazer, porque eu não conseguia cantar, não conseguia respirar, então fiquei com medo de me apresentar", disse o sertanejo em entrevista ao "Fantástico", da TV Globo, neste domingo (1º).

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Afeta principalmente os pulmões, mas também o corpo como um todo. Relatos médicos incluem tosse, falta de ar, dor no peito, febre e outros desconfortos respiratórios.

Pode causar danos à saúde bucal. Segundo um estudo publicado na revista científica International Medical Case Reports Journal, no dia 28 de maio, o uso do vape pode causar candidíase, lesões na mucosa da boca, cáries, mau hálito, inflamação das gengivas e secura.

Homens que usam vape têm duas vezes mais riscos de terem disfunção erétil. A conclusão é de um estudo publicado em dezembro de 2021 pela revista médica American Journal of Preventive Medicine.

Cigarro eletrônico pode ser mais mais nocivo que o tradicional. Um usuário de cigarro eletrônico carrega em seu organismo de três a seis vezes mais substâncias nocivas do que um usuário de cigarro comum, segundo pesquisa do InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da USP).

Pesquisadores alertam para riscos à saúde que ainda não são totalmente compreendidos pelos médicos. A doença conhecida como evali, relacionada ao uso de vape, provoca uma lesão pulmonar associada ao uso direto desses dispositivos.

Maioria das pesquisas mostra é que não há comprovação científica de que os dispositivos eletrônicos sejam uma forma de "tratar" o tabagismo. Uma delas, publicada no periódico Jama, em outubro de 2021, apontou que o uso desses dispositivos eletrônicos não ajudou os fumantes a ficarem longe dos cigarros.

Cigarros eletrônicos são proibidos no Brasil

Contudo, o PL (Projeto de Lei) 5008/2023 prevê regulamentar os produtos, definindo exigências para a indústria. O texto indica multa e detenção para quem vender os DEFs para menores de 18 anos. Além disso, a indústria seria obrigada a ter registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), cadastro na Receita Federal e no Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial).

A autora do PL, senadora Soraya Thronicke (Podemos), argumentou que os cigarros eletrônicos já são vendidos sem nenhuma regra sanitária. Além disso, a parlamentar expõe que o Estado não consegue arrecadar impostos com os produtos contrabandeados — o que não aconteceria com o produto legal. O projeto aguarda votação no Senado.

Mais de 80 entidades médicas brasileiras emitiram nota repudiando a possível legalização. "Esse projeto é um desserviço à população brasileira, porque ele pretende liberar um produto que causa muitos danos à saúde", disse Ricardo Meirelles, médico e coordenador da Comissão de Combate ao Tabagismo da AMB (Associação Médica Brasileira) na ocasião.

*Com informações de reportagens publicadas em 26/09/2024, 19/04/2024, 15/06/2024 e 14/02/2022.

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