Mounjaro emagrece 47% mais que Wegovy, diz farmacêutica
Um estudo clínico feito pela empresa farmacêutica Eli Lilly and Company comparou os resultados do uso de tirzepatida (Mounjaro) e semaglutida (doses de Wegovy aprovadas para tratamento de obesidade 1,7 e 2,4 mg) em adultos obesos. No resultado, o princípio ativo do Mounjaro foi 47% mais eficaz para a perda de peso.
O que aconteceu
Todos que usaram o medicamento tinham o mesmo perfil médico. Participaram do teste 751 adultos com obesidade, mas sem diabetes. Todos eles tinham pelo menos uma comorbidade causada pela obesidade. Eles usaram o medicamento determinado por 72 semanas.
Tirzepatida se mostrou mais eficaz na perda de peso. O princípio ativo reduz a ingestão de calorias, influencia na fome e no apetite. Aqueles que usaram tirzepatida perderam cerca de 22,8 kg, enquanto aqueles que tomaram semaglutida pelo mesmo período emagreceram 15 kg.
Em porcentagem, a diferença é mais impactante. De acordo com a empresa, a tirzepatida levou a uma perda de peso, em média, de 20,2%. O que é superior quando comparado aos 13,7% que a semaglutida ajudou os pacientes a perder.
Estamos muito animados com os resultados divulgados hoje e que mostram como a tirzepatida ajudou os pacientes a alcançarem 47% a mais de perda de peso relativa em comparação à semaglutida. A tirzepatida é uma classe única de medicamentos e é a primeira aprovada pelo FDA (agência reguladora dos Estados Unidos) e está mudando a forma como milhões de pessoas tratam essa doença crônica. Leonard Glass, vice-presidente sênior de assuntos médicos globais da área de cardiometabolismo da Eli Lilly
Tirzepatida é liberada no Brasil desde 2023. Ela pode ser usada no tratamento de diabetes do tipo 2 em adultos. Para o emagrecimento, a Eli Lily já enviou o pedido para Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e aguarda a avaliação.
Farmacêutica é fabricante do Mounjaro. Vale lembrar que a empresa responsável pela divulgação do estudo, a Eli Lilly, é a fabricante do medicamento que mais emagreceu, mas a pesquisa não foi patrocinada pela farmacêutica. Além disso, os dados ainda não foram publicados em uma revista científica revisada por pares.
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