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Por que dormir com a luz acesa pode prejudicar mais do que você imagina

Imagem: iStock

Colaboração para VivaBem*

25/12/2024 05h31

Quando não se consegue dormir no escuro de jeito nenhum, a ponto de atrapalhar inclusive o sono de outras pessoas que estejam no quarto, é recomendável buscar orientação médica e considerar fazer psicoterapia, para lidar com esse problema.

"Dormir com luz acesa prejudica o início e o ciclo completo do sono, logo seu efeito reparador, e ainda faz acordar precocemente e pode levar a cansaço, ganho de peso, baixa imunidade, transtornos ansiosos, sendo pior para quem já costuma dormir mal", informa o psiquiatra Luiz Scocca.

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Entre as razões pelas quais algumas pessoas só conseguem dormir com a luz acesa estão:

Ansiedade e medo: alguns se sentem mais seguros e confortáveis num ambiente claro, especialmente se estão dormindo num quarto novo, diferente, ou fora de casa.

Desordens do sono: problemas como insônia podem levar as pessoas a se sentirem mais confortáveis com alguma luz. Do contrário, podem ter pesadelos, despertares em pânico ou sensações de mal-estar.

Rotina e hábito: pode ser simplesmente uma questão de criação ou um costume estabelecido desde a infância.

Condição médica: certas condições, como a nictofobia (medo do escuro), podem causar essa necessidade. Em geral, ela surge quando se é criança.

Escuro é importante para a saúde

Os médicos sugerem que o ideal é dormir num ambiente onde o "breu" predomina. Ao escurecer, nosso cérebro produz melatonina, o hormônio do sono, que nos ajuda a começar a dormir, explica Laís Berro, pesquisadora do sono. Além disso, o escuro contribui para o relaxamento, reduzindo estresse e ansiedade.

"A melatonina também é importante para outros processos fisiológicos, especialmente cardiovasculares, e estudos sugerem que além de afetar o sono, a exposição a luzes durante a noite pode aumentar o risco de diversas doenças, incluindo hipertensão, diabetes e obesidade", continua a pesquisadora.

Segundo o psiquiatra Luiz Scocca, atualmente, nas grandes cidades, a iluminação que vem da rua, para dentro dos lares, já seria o bastante para quem precisa, por exemplo, ficar no escuro. Para ele, nem acender a luz para ir ao banheiro à noite é bom. Mas, claro, para alguns pode ser necessário, por questões de segurança e idade.

Prefere manter algum tipo de luz?

Imagem: iStock

Segundo o psiquiatra e professor José Brasileiro, quem se sente mais confortável em dormir com algum tipo de luz acesa pode investir em lâmpadas com intensidade baixa ou que permitam ser controladas.

"Dê preferência a luzes de cor mais quente, que não estimulem muito o sistema nervoso central. No quarto, tenha também um dispositivo elétrico para regular a luminosidade e a intensidade dessa luz", informa o médico, referindo-se ao dimerizadores ou dimmers.

"Existe um tipo de luz que não influencia a produção de melatonina pelo cérebro, a luz vermelha, que pode ser utilizada em luminárias", complementa Laís Berro.

Outra tecnologia que pode ser útil, principalmente para quem gosta de pegar no sono com tudo aceso ou tem o hábito de ver TV até mais tarde, é o temporizador, que permite desligar a luz depois de um tempo, num momento programado. Quanto a quem usa abajur, deve acendê-lo apenas em cantos, preferivelmente atrás de uma divisória, ou anteparo que impeça a luz de iluminar o cômodo inteiro.

*Com informações de reportagem publicada em 08/08/2024.

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