Crianças que não ajudam em casa podem apresentar estas 7 características
Quando incluídas em pequenas tarefas do dia a dia, com o auxílio dos adultos, as crianças começam a entender melhor o que é ter responsabilidade. É uma forma de elas terem autonomia, sabendo do que podem ou não fazer.
Por exemplo, uma criança pequena não pode mexer com faca ou demais utensílios perigosos, mas pode ter a autonomia para lavar uma salada ou ajudar a fazer a massa de um bolo. Um dia ela vai conseguir quebrar os ovos e em outro vai conseguir batê-los.
Além disso, toda essa prática de cooperação e partilha que os pequenos passam a interiorizar faz com que eles, futuramente, cooperem com outras atividades, como as domésticas. "Resolver problemas diários por conta própria traz ainda resiliência e uma força de personalidade e de caráter necessários", informa o psiquiatra Luiz Scocca.
Filhos que crescem sem cooperar
Pais mandões, invasivos ou que fazem escolhas pelos filhos desde cedo e não os deixam participar de nada envolvendo a resolução de tarefas não colaboram para que eles adquiram autonomia e coragem para sair de casa. Consequentemente, prejudicam sua privacidade e seu emocional. Esses filhos tendem a apresentar essas sete características:
- Falta de iniciativa ou ambições;
- Submissão;
- Isolamento social;
- Comportamento preguiçoso;
- Tornam-se espaçosos;
- Medrosos;
- Egoístas.
"Se o filho, agora adulto, não colabora com os afazeres ou despesas, os problemas não são nem futuros, mas presentes, e podem repercutir em dificuldades para gerir as próprias finanças, relacionar-se, estabelecer a própria família e até criar filhos", acrescenta Blenda de Oliveira, psicóloga e psicanalista.
Ócio demais também produz déficits de autocontrole e senso de compromisso e colaboração. Assim, apenas ao sair do ninho a pessoa irá sentir as consequências, e o aprendizado pode ser muito difícil caso ela apresente essas características mencionadas.
Como ajudar alguém com esse perfil
Sendo criança ou adolescente o filho precisa ser estimulado pelos pais ou cuidadores. Agora, sendo maior, precisa reconhecer que é preciso respeitar regras e deveres em casa. Se a rotina doméstica inclui arrumar o próprio quarto e dividir tarefas, como lavar a louça, tirar o pó dos móveis e levar o lixo para fora, o filho precisa obedecer ou se prontificar a ajudar.
"É um processo de construção gradual e que envolve tomar decisões. Mas não precisa ser abrupto nem violento, com discussões ou brigas", informa Yuri Busin, psicólogo e doutor em neurociência do comportamento. Filhos são criados para um dia tomarem seu rumo e isso significa orientá-los e deixar que se descubram, tomem decisões próprias, errem e arquem com as próprias consequências.
Também depende muito do filho, que se tiver dificuldade para se impor, se esforçar e tomar uma iniciativa, pode necessitar da ajuda de um psicólogo. O mesmo serve para pais muito controladores.
*Com informações de reportagem publicada em 08/03/2021
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