7 coisas importantes a saber sobre a obesidade para perder peso em 2025

Falar de obesidade ainda gera polêmica, é um tema cheio de estigmas e informações incompletas. Muito além da questão estética, o fato é que a obesidade é uma doença crônica que afeta a qualidade de vida, o bem-estar emocional e a longevidade.

Nos últimos anos, diversos estudos têm explorado fatores que vão desde a genética e aspectos ambientais até a influência do sono e das emoções no ganho de peso. As novas descobertas não só desmistificam crenças comuns, como também abrem caminhos e estratégias para quem sofre com a doença poder se cuidar.

Se você está busca motivação para iniciar a jornada contra a obesidade, esta lista vai te ajudar. VivaBem reuniu 7 fatos sobre o tema que podem dar o empurrão que faltava para você mudar seus hábitos em 2025.

Não é sua culpa

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De acordo com pesquisadores canadenses, a ideia de que a falta de exercício e uma dieta desbalanceada são as causas do problema é uma das percepções mais equivocadas sobre o assunto.

A verdade é que ninguém é obeso porque come em excesso ou tem preguiça de fazer exercícios. A obesidade é uma condição classificada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como doença crônica, ou seja, que não tem cura, e eleva o risco de infarto, AVC, câncer e diabetes, entre outras doenças.

Ao longo das últimas décadas, diversos estudos vêm mostrando que genes específicos podem aumentar a probabilidade de uma pessoa desenvolver obesidade, e a doença pode afetar o funcionamento do cérebro, o que levaria a problemas como dependência e recompensas.

Justamente por esses motivos, a jornada contra o excesso de peso deve ser encarada como um tratamento, tal qual acontece com outras doenças, como diabetes ou hipertensão.

O peso é apenas sintoma do problema que a gente realmente quer tratar, que são os mecanismos de ganho de peso. Senão, é como tratar um paciente com pneumonia, que tem febre, apenas com dipirona, sem um antibiótico.
Pedro Caravatto, cirurgião bariátrico do Hcor

Você não precisa atingir o IMC ideal para ganhar saúde

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Não é necessário ter o corpo de um modelo para ser saudável. Pelo contrário, a ideia de que é preciso perder muitos quilos para conseguir benefícios pode ser prejudicial na jornada. "Muitas pessoas chegam ao consultório com o objetivo de normalizar o peso e isso às vezes não é algo realista, o que causa frustração", diz Marcio Mancini, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo - SBEM-SP.

Pesquisas demonstram que uma redução de 2,5% do peso máximo alcançado ao longo da vida (excetuando períodos especiais, como gravidez ou lactação) pode ajudar a diminuir os níveis de glicose e triglicérides e melhorar a fertilidade.

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Perder entre 5% e 10% do peso pode elevar os níveis de HDL (o colesterol bom), aliviar dores articulares, reduzir a incontinência urinária e melhorar a qualidade de vida e o bem-estar emocional. Já perdas de peso de aproximadamente 10% a 15% têm impacto positivo no controle de eventos cardiovasculares.

Existem opções além da cirurgia bariátrica

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"Antigamente quem quisesse perder peso tinha duas alternativas: ou mudava hábitos ou ia para uma cirurgia", diz Leonardo Salles, cirurgião do aparelho digestivo, cirurgião bariátrico, cirurgião metabólico e presidente do Instituto Mineiro de Obesidade (IMO).

Segundo ele, com a introdução das drogas de segunda geração, como tirzepatida, semaglutida e liraglutida, que são terapias baseadas no estímulo pelo nutriente, análogas a hormônios produzidos no intestino, o cenário mudou.

Dietas restritivas fazem mais mal do que bem

Eliminar nutrientes essenciais sem orientação adequeada pode levar à desnutrição e ao enfraquecimento do sistema imunológico, além de causar problemas hormonais, levando a períodos menstruais irregulares e até infertilidade no caso de mulher, segundo um artigo publicado em 2023.

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Além disso, passar fome pode levar a episódios de compulsão alimentar e manifestações psicológicas como preocupação excessiva com comida, desconforto e dificuldade de concentração.

Dietas muito restritivas podem até aumentar o peso no longo prazo. Nosso organismo tende a reservar energia, portanto, quando enfrenta uma situação de restrição calórica intensa, a tendência é que ele baixe cada vez mais o gasto energético, causando o famoso efeito sanfona.
Leonardo Salles, cirurgião

Cuide do seu sono

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Como você tem dormido ultimamente? Obesidade e sono parecem estar interligados. Há evidências de que a obesidade pode afetar negativamente o sono e, ao mesmo tempo, pessoas com distúrbios do sono têm maior propensão a se tornarem obesas por conta de alterações fisiológicas e hormonais que promovem o aumento da ingestão de alimentos e reduzem a atividade física.

E é um ciclo: quem tem um sono regular e ininterrupto se sai melhor em seguir seus planos de exercício e dieta enquanto tenta perder peso.

Ficar atento ao sono também é importante para quem está fora do peso ideal porque a apneia do sono, caracterizada por pausas na respiração durante o sono, é um distúrbio comum em pessoas obesas e está ligada a várias condições de saúde crônicas. Perder peso, por sua vez, reduz os volumes de vários tecidos moles das vias aéreas superiores.

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Você pode ganhar tempo de vida

A obesidade moderada (IMC 30-35) reduz a expectativa de vida em três anos e a obesidade severa (IMC 40-45) em uma década. Tudo isso por conta de doenças cardiovasculares, diabetes e alguns tipos de câncer, como de mama, cólon e fígado. Já perder 15% do peso corporal pode diminuir o risco de mortalidade.

Sua vida sexual vai melhorar

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Pessoas obesas tendem a avaliar sua vida sexual de forma mais negativa - especialmente aquelas com IMC acima de 30. Por isso, diversos estudos associam a perda de peso à melhoria da vida sexual. Em homens obesos com disfunção erétil, perder peso pode melhorar o problema.

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