Quais sinais psicológicos podem indicar deficiência de ômega 3?

O ômega 3 é da família das gorduras poli-insaturadas, as mais saudáveis. Como o nosso organismo não consegue formar esse tipo de ácido graxo, precisamos garantir a sua ingestão por meio dos alimentos.

Os quatro principais tipos de ômega 3 são:

Ácido docosahexaenoico, ou DHA: encontrado principalmente nos peixes de águas geladas;

Ácido eicosapentaenoico, ou EPA: contido nos peixes;

Ácido alfalinolênico, ou ALA: gordura de fonte vegetal encontrada na linhaça, chia e oleaginosas (nozes e castanhas), além de algas. Embora esta variedade possa ser convertida nos dois primeiros, estes são os mais indicados;

Ácido estearidônico: presente nos óleos de prímula, borragem, echium —somente disponíveis em forma de suplemento.

Você encontrará nas prateleiras do supermercado produtos como sucos, margarinas, iogurtes e até ovos com ômega 3. Não há restrição para esses alimentos, mas é preciso lembrar que eles não devem ser a única fonte desse ácido graxo na sua dieta. Alimentos enriquecidos apenas ajudam na estratégia de ter mais opções dessa gordura disponíveis no seu cardápio.

Sinais de sua falta no organismo

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Embora uma análise do plasma sanguíneo e de tecidos possam indicar a deficiência de ômega 3 em laboratório, ainda não existe um valor de referência que indique sua normalidade.

Contudo, alterações dermatológicas como dermatite, pele áspera e descamando podem indicar a falta desse nutriente, segundo dados da Academia Nacional de Medicina dos Estados Unidos.

Na saúde mental, a deficiência de ômega 3 pode repercutir em sintomas psicológicos notáveis, devido ao papel fundamental desses ácidos graxos na regulação dos neurotransmissores e no equilíbrio emocional. São alguns:

Depressão;

Ansiedade;

Alterações de humor,

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Dificuldades de concentração, memória e raciocínio;

Fadiga mental;

Insônia.

Quando é necessário suplementar?

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Seja nas farmácias, no supermercado, nas vendas online ou na TV, a variedade e disponibilidade de suplementos de ômega 3 são grandes. O conselho dos especialistas consultados é que a escolha deles não deve ser feita por impulso.

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A razão para isso é que cada produto tem sua determinada formulação e qualidade e, a depender das suas necessidades, é preciso saber qual seria a melhor opção para você. Além disso, há risco de interação medicamentosa. Um dos exemplos é o anticoagulante: o efeito da medicação pode ser alterado pela suplementação e levar a sangramento.

Como não existe uma indicação que seja universal para todo mundo, um médico ou nutricionista podem ajudá-lo nessa avaliação.

Benefícios do ômega 3 à saúde

O principal benefício do ômega 3 é sua ação anti-inflamatória. O estilo de vida moderno, ou seja, o estresse, a exposição a poluentes e agrotóxicos, a falta de atividade física, somado a uma dieta desequilibrada facilitam os processos inflamatórios. Como muitas doenças crônicas decorrem desse quadro, essa gordura é potencialmente benéfica para preveni-las.

Baixos índices do nutriente no organismo foram relacionados a enfermidades cardiovasculares, alguns tipos de câncer, artrite reumatoide, doenças degenerativas, doenças oculares como degeneração macular relacionada à idade (DMRI) e olho seco, entre outras.

*Com informações de reportagem publicada em 27/05/2019

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