HMPV: vírus que tem alta de casos na China pode ser nova pandemia?
Um vírus tem preocupado as autoridades pelo mundo tanto quanto a gripe e a covid-19. O metapneumovírus humano, também conhecido como HMPV, está se disseminando em países como a China.
O que é o metapneumovírus
Não deve se tornar pandemia. Os profissionais da saúde são unânimes em afirmar que não há temor que o metapneumovírus se transforme em uma pandemia, mas as autoridades pedem que os doentes fiquem em casa.
Vírus não é novo. No Brasil, o primeiro caso foi registrado em 2004. Outros da mesma família causam doenças já amplamente conhecidas, como é o caso do vírus sincicial respiratório, ou VSR, a causa mais comum de internação de crianças com bronquite e bronquiolite.
Sintomas são respiratórios. Febre, tosse, nariz escorrendo, dificuldade para respirar: os sintomas são similares a outros vírus respiratórios. No entanto, o metapneumovírus humano está levando os especialistas em saúde a apelar à vigilância.
Pessoas mais vulneráveis podem ter consequências mais graves. No ano passado, autoridades da Austrália registram uma quantidade de casos menor do que a covid-19 ou a gripe, mas a doença pode ter consequência mais graves para as pessoas mais vulneráveis, em especial, idosos e crianças.
Crianças são principais infectados na China. Os casos têm aumentado rapidamente no norte do país e atinge especialmente os pequenos, de acordo com as autoridades locais. A causa do surto é desconhecida.
Não é mais letal, mas impacta em número de casos. "É um vírus que foi negligenciado durante um bom tempo", lembrou o virologista John-Sebastian Eden, pesquisador da universidade de Sydney, no ano passado. "Não é o mais letal, nem aquele que causa o maior número de hospitalizações, mas causa um impacto com o aumento de casos."
Estados Unidos e Portugal também tiveram alta de casos. Segundo o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA), quase 20% dos testes de antígeno atestavam positivo ao metapneumovírus em março de 2024, uma porcentagem 36% superior em comparação com antes da pandemia de covid-19.
Nos EUA, a doença também atinge principalmente crianças. Bebês com idades inferiores a dois anos são os que têm o maior risco de desenvolver complicações como bronquiolites, segundo informações do CDC.
Portugal viveu um pico de contaminações em junho do ano passado. Segundo a imprensa portuguesa, desde o último trimestre de 2022, quase mil casos foram registrados no país. No total, 53% das infecções foram detectadas em crianças com idade inferior a cinco anos.
*Com informações da RFI
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