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Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


'Pesadelo dos cruzeiros': o que é o vírus por trás de casos de virose em SP

Ligação de esgoto na praia da Enseada, no Guarujá Imagem: Allison Sales/Folhapress

De VivaBem*, em São Paulo

09/01/2025 09h52Atualizada em 09/01/2025 14h53

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou a presença de norovírus em amostras de fezes humanas de pacientes atendidos na Baixada Santista, onde houve grande aumento no número de casos de virose nas últimas semanas.

O material foi coletado nos municípios de Guarujá e Praia Grande, e analisado pelo Instituto Adolfo Lutz. Apesar da identificação do vírus, a secretaria afirmou que serão realizadas mais investigações para identificar a origem exata do surto no litoral paulista.

O que é o norovírus

Extremamente contagioso. O norovírus é extremamente contagioso e "o principal vilão" quando o assunto são surtos de gastroenterite, com sintomas como diarreia e vômitos. Normalmente, o vírus é transmitido a partir do contato com materiais manipulados sem os devidos cuidados com a higiene.

Pesadelo dos cruzeiros. O vírus também é conhecido como "pesadelo dos cruzeiros", já que os navios podem ser um ambiente propício para a disseminação dos chamados vírus entéricos, que afetam o estômago ou intestino.

Transmissão fecal-oral. Entre as situações de transmissão, destacam-se: consumir bebidas ou alimentos contaminados; tocar em objetos ou superfícies contaminadas e depois colocar os dedos sujos na boca; e compartilhar alimentos ou utensílios de cozinha com uma pessoa infectada ou comer alimentos manipulados por ela.

Quais os principais sintomas? Os sintomas mais frequentes são náusea, vômito, diarreia e dor abdominal. Também podem ocorrer dores musculares, cansaço, dor de cabeça e febre baixa.

É possível se prevenir. A prevenção envolve medidas de higiene e atenção à escolha de bebidas e alimentos, como:

  • Lavar bem as mãos antes de preparar alimentos e ao se alimentar;
  • Evitar alimentos malcozidos;
  • Manter os alimentos bem refrigerados, com atenção especial às temperaturas dos refrigeradores e geladeiras dos supermercados;
  • Evitar tomar banho de mar nas 24 horas seguintes à ocorrência de chuvas;
  • Levar os próprios lanches (corretamente armazenados) durante passeios ao ar livre;
  • Observar a higiene dos estabelecimentos comerciais;
  • Não consumir gelo, raspadinhas, sacolés, sucos e água mineral de procedência desconhecida.

Precisamos de ações intersetoriais para garantir a saúde sustentável para eliminar as crises como a que estamos vivendo no litoral paulista. Com tanta diversidade na condição humana e nas abordagens para lidar com os problemas, esta crise do litoral não é um problema do sistema de saúde. É reflexo da falta de educação, saneamento básico, água tratada e outros determinantes sociais. Mara Machado, enfermeira e CEO do IQG (Instituto Qualisa de Gestão), uma instituição acreditadora em saúde

Doença é autolimitada e dura mais ou menos três dias. O principal tratamento é a hidratação, e crianças e idosos precisam de atenção especial. Evacuações muito frequentes e líquidas; dificuldade na hidratação com vômitos que não cedem; pele e boca secas e dificuldade em urinar são indicações de que se deve procurar o serviço de saúde.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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