'Pesadelo dos cruzeiros': o que é o vírus por trás de casos de virose em SP
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou a presença de norovírus em amostras de fezes humanas de pacientes atendidos na Baixada Santista, onde houve grande aumento no número de casos de virose nas últimas semanas.
O material foi coletado nos municípios de Guarujá e Praia Grande, e analisado pelo Instituto Adolfo Lutz. Apesar da identificação do vírus, a secretaria afirmou que serão realizadas mais investigações para identificar a origem exata do surto no litoral paulista.
O que é o norovírus
Extremamente contagioso. O norovírus é extremamente contagioso e "o principal vilão" quando o assunto são surtos de gastroenterite, com sintomas como diarreia e vômitos. Normalmente, o vírus é transmitido a partir do contato com materiais manipulados sem os devidos cuidados com a higiene.
Pesadelo dos cruzeiros. O vírus também é conhecido como "pesadelo dos cruzeiros", já que os navios podem ser um ambiente propício para a disseminação dos chamados vírus entéricos, que afetam o estômago ou intestino.
Transmissão fecal-oral. Entre as situações de transmissão, destacam-se: consumir bebidas ou alimentos contaminados; tocar em objetos ou superfícies contaminadas e depois colocar os dedos sujos na boca; e compartilhar alimentos ou utensílios de cozinha com uma pessoa infectada ou comer alimentos manipulados por ela.
Quais os principais sintomas? Os sintomas mais frequentes são náusea, vômito, diarreia e dor abdominal. Também podem ocorrer dores musculares, cansaço, dor de cabeça e febre baixa.
É possível se prevenir. A prevenção envolve medidas de higiene e atenção à escolha de bebidas e alimentos, como:
- Lavar bem as mãos antes de preparar alimentos e ao se alimentar;
- Evitar alimentos malcozidos;
- Manter os alimentos bem refrigerados, com atenção especial às temperaturas dos refrigeradores e geladeiras dos supermercados;
- Evitar tomar banho de mar nas 24 horas seguintes à ocorrência de chuvas;
- Levar os próprios lanches (corretamente armazenados) durante passeios ao ar livre;
- Observar a higiene dos estabelecimentos comerciais;
- Não consumir gelo, raspadinhas, sacolés, sucos e água mineral de procedência desconhecida.
Precisamos de ações intersetoriais para garantir a saúde sustentável para eliminar as crises como a que estamos vivendo no litoral paulista. Com tanta diversidade na condição humana e nas abordagens para lidar com os problemas, esta crise do litoral não é um problema do sistema de saúde. É reflexo da falta de educação, saneamento básico, água tratada e outros determinantes sociais. Mara Machado, enfermeira e CEO do IQG (Instituto Qualisa de Gestão), uma instituição acreditadora em saúde
Doença é autolimitada e dura mais ou menos três dias. O principal tratamento é a hidratação, e crianças e idosos precisam de atenção especial. Evacuações muito frequentes e líquidas; dificuldade na hidratação com vômitos que não cedem; pele e boca secas e dificuldade em urinar são indicações de que se deve procurar o serviço de saúde.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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