6 comportamentos que antecipam o fim do relacionamento de um casal

Há quase 30 anos, uma pesquisa publicada no periódico Journal of Marriage and Family mostrou que é possível saber quando um relacionamento pode estar chegando ao fim. Os cientistas analisaram mais de uma década de informações de milhares de casais para reconhecer esses sinais de que o término está próximo.

A seguir, veja alguns aspectos levantados pelos pesquisadores e que estão longe de estarem desatualizados:

  1. Infidelidade: continua como um dos principais motivos do divórcio. Sem fidelidade, a confiança e a segurança emocional na relação é abalada. Não é só algo físico, como uma traição sexual, mas também uma ruptura de compromisso emocional e integridade.
  2. Gastos irresponsáveis: discussões por dinheiro são comuns, mas quando um parceiro faz escolhas financeiras sem comunicar o outro ou não considera orçamento, contas, isso pode levar ao rompimento do casal. Não é só sobre gastar, mas ter consideração, diálogo, objetivos e sonhos em comum.
  3. Dependência química: acaba minando drasticamente um casamento, pois envolve alterações de comportamento, escolhas irrefletidas, atos imprevisíveis e insegurança. Fora que abusar de substâncias (álcool, drogas) pode levar a dívidas, falta de compromissos, distanciamento emocional, brigas, insatisfações e violências.
  4. Ciúmes: decorrente de traumas, baixa autoestima e paranoias, alimenta desconfianças e desejo de querer controlar o outro. Fora de controle, pode levar a obsessões, calúnia, sufocando a intimidade e desgastando o vínculo emocional, tornando a reconciliação muito difícil quando não se há diálogo e tratamento.
  5. Humor instável: recorrentemente, cria clima de instabilidade e tensão na relação. Essas alterações, causadas por questões mentais, estresse, problemas de diferentes naturezas, leva a brigas frequentes, afastamento emocional e dificuldade em se buscar soluções. A outra parte pode se sentir sem cuidados, ainda mais se o outro evitar interações, for grosseiro e agir indiferente.
  6. Falta de tolerância: o que inicialmente era aceito, à medida que o tempo passa, pode incomodar bastante, como falta de higiene, irresponsabilidade com horários, esquecimentos frequentes. Se nada for feito, a paciência se vai e irritabilidade, semblantes fechados, discussões e lições de moral dominam.

Terapia de casal pode ajudar

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Imagem: iStock

Assuntos ligados à rotina da casa e da família, como a divisão das tarefas domésticas e a educação dos filhos, e questões ligadas à sexualidade, como ciúme e falta de vontade de transar, estão entre os principais motivos que levam os casais a buscar ajuda psicológica.

Para os especialistas, o que está por trás dos conflitos é quase sempre a falta de disposição para sentar e conversar. "É muito comum que os parceiros vivam anos juntos sem conhecer realmente o outro ou saber o que ele pensa sobre determinado assunto, porque se acomodaram nesse formato", observa a psicóloga Marina Vasconcellos, especializada em terapia de família e casais.

Com o tempo, essa falta de intimidade pode custar caro às relações, ainda mais em um período em que estamos todos mais sensíveis, confusos, impacientes e sob pressão. "As sessões mediadas por uma pessoa neutra, o psicólogo, dão a chance de cada parte do casal expressar o que sente e ser escutada pelo outro, o que nem sempre acontece no dia a dia, porque as conversas acabam virando briga ou sequer há diálogo", acrescenta Vasconcellos.

Para quem tem preguiça de pensar no tempo que um processo terapêutico pode demorar para trazer resultados, vale saber que, dependendo do caso, duas ou três sessões em casal podem ser suficientes para colocar as coisas no eixo, já que o objetivo é focar em conflitos específicos da relação, a fim de impedir que se tornem crônicos.

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1 comentário

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Edson Junior

Pode se resumir a 3 em 1, o famoso Cachimblema!

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