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Cuidar da mente para uma vida mais harmônica


6 comportamentos dos pais que fazem as crianças se sentirem péssimas

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Imagem: Getty Images

Colaboração para VivaBem*

20/03/2025 14h36

No dia a dia, algumas atitudes dos pais em relação aos filhos pequenos podem, sem intenção, fazer com que eles se sintam rejeitados, o que gera insegurança e afeta profundamente seu bem-estar emocional. Essas ações, por vezes sutis, têm o poder de criar um ambiente onde a criança se percebe como não valorizada ou incompreendida, alimentando sentimentos de isolamento, tristeza e ansiedade.

Esse impacto emocional, muitas vezes silencioso, pode afetar a autoconfiança e o desenvolvimento saudável no longo prazo. Embora as consequências dessas atitudes sejam complexas e exijam a análise cuidadosa de profissionais de saúde mental, compreender como as ações dos pais influenciam o crescimento emocional das crianças é essencial para promover um ambiente mais acolhedor e seguro.

Não faça isso com seus filhos

  1. Ignorar ou não dar atenção: quando os pais não prestam atenção às necessidades emocionais e físicas da criança, ela pode se sentir invisível e negligenciada, o que afeta sua autoestima.
  2. Não demonstrar carinho: a falta de gestos afetivos, como abraços e palavras de apoio, pode fazer a criança se sentir rejeitada e insegura, prejudicando seu vínculo emocional com os pais.
  3. Diminuir o que a criança sente: minimizar ou desvalorizar os sentimentos da criança pode fazer com que ela sinta que suas emoções não são importantes, criando um sentimento de desamparo.
  4. Disciplinar com base em punições: usar castigos em vez de orientações positivas pode gerar medo e confusão na criança, em vez de ensiná-la a entender e corrigir seus erros de forma construtiva.
  5. Fazer comparações constantes: comparar a criança com outras, como irmãos ou colegas, pode prejudicar sua confiança e criar sentimentos de inferioridade.
  6. Dar amor mediante bom comportamento: condicionar o amor à obediência ou bom comportamento ensina a criança a acreditar que seu valor está apenas no que faz, e não em quem se é, afetando seu desenvolvimento emocional e, de novo, sua autoestima.

Atenção ainda com as rotulagens

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Segundo a psicóloga e psicopedagoga Elizabeth Monteiro, autora de "Criando Filhos em Tempos Difíceis", a criança e o adolescente ainda estão em processo de formação da personalidade e não sabem exatamente quem são. "É o adulto quem diz a eles quem são e lhes dá o conceito de identidade", explica.

Ela também destaca que um comportamento é algo pontual, um momento específico, e não define a criança por completo. "Rotular é muito fácil, porque é como se as coisas ficassem na sua caixinha certa, mas a criança não é só isso. As crianças precisam ser o que elas são, por inteiro", complementa a psicóloga Ângela de Leão Bley.

De acordo com outra perita no assunto, a psicóloga Cristiane Borsari, qualquer interferência no desenvolvimento da personalidade de uma criança vai refletir primeiro na adolescência e depois na vida adulta. "Se foi algo negativo que sempre foi ressaltado, como uma dificuldade de prestar atenção ou a mania de desorganização, a pessoa acaba assumindo o rótulo e até se escondendo nele", afirma.

Portanto, evite frases do tipo:

"Você é muito chorona, sua fraca";

"Deixa de ser lerdo, vive desligado";

"Você é muito folgada, preguiçosa";

"Chegou o esperto, o sabe-tudo";

"Como você é impossível, uma peste mesmo";

"Ô caladão, vai bancar o tímido aqui?".

*Com informações de reportagem publicada em 19/02/2020


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