SP registra 20 mortes por febre amarela; quem deve tomar reforço de vacina?
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O estado de São Paulo registrou 32 casos confirmados de febre amarela em 2025. Desde janeiro, 20 pacientes morreram em decorrência da doença, segundo dados da SES (Secretaria de Estado da Saúde). O número de mortes é o maior desde 2018, quando foram registrados 524 casos e 171 óbitos. Em todo o ano de 2024, foram dois casos e um óbito.
O que aconteceu
Dos 32 registros, 28 são autóctones, ou seja, a infecção ocorreu no município em que a pessoa reside, e não durante viagens. Dois casos são importados —ambos foram contraídos em Minas Gerais, segundo a secretaria— e dois estão em investigação.
De acordo com a secretaria, 24 casos foram notificados na região de Campinas. As infecções aconteceram na cidade e nos municípios de Amparo, Socorro, Tuiuti, Joanópolis, Valinhos, Pedra Bela, Piracaia, Vargem, Bragança Paulista, Pedreira, São Pedro, Nazaré Paulista e Águas de Lindoia. Além disso, há registros em Brotas, São Pedro e Caçapava.
Reforço da vacina
Em fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde recomendou reforço da vacinação. Isso vale para as pessoas que tomaram a dose fracionada da vacina contra febre amarela em 2018 e que vão se deslocar para áreas com circulação comprovada do vírus —por ora, São Paulo, Minas Gerais e Tocantins. A dose adicional é de 0,5 ml do imunizante. Basta procurar a UBS do seu bairro.
Orientação é feita em situações de emergência. Diante de uma escassez de vacinas, a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda o uso de doses fracionadas do imunizante em caráter excepcional, a fim de proteger o maior número de pessoas. Isso já foi necessário em três estados brasileiros em 2018: São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.
Embora a dose fracionada ofereça proteção eficaz, a duração pode ser menor, segundo pesquisa iniciada pela Fiocruz em 2009. De acordo com a OMS, estudos mostram que a dose fracionada da vacina contra febre amarela, administrada com 20% da dose regular, ainda fornece imunidade total contra a doença "por pelo menos 12 meses e provavelmente mais".
Transmissão e sintomas
Há dois diferentes ciclos de transmissão da febre amarela, o silvestre e o urbano. No ciclo silvestre, os macacos são os principais hospedeiros e os vetores são mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Nesse ciclo, os seres humanos participam como hospedeiros acidentais ao frequentarem áreas de mata. Já no ciclo urbano, os seres humanos são os únicos hospedeiros com importância epidemiológica, e a transmissão ocorre por meio de mosquitos Aedes aegypti infectados com o vírus.
Febre amarela pode afetar o fígado, causando icterícia (pele amarelada). Outras manifestações da doença envolvem: febre, dor de cabeça, indisposição passageira, náuseas, dores nos músculos ou nas articulações (principalmente nas coluna lombar), dor de cabeça forte, vômito (com presença de sangue) e oligúria (diminuição da urina).
* Com informações do Estadão Conteúdo.
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