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Água tônica é o mesmo que água com gás? Faz mal?

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Imagem: Getty Images

Colaboração para VivaBem*

24/03/2025 13h00

Embora o nome remeta a uma bebida saudável, água tônica não é o mesmo que água com gás, que contém os mesmos micronutrientes da água natural, com a diferença de haver adição de gás carbônico.

A água tônica tem quinino, uma substância extraída da árvore Cinchona calisaya, que já foi bastante utilizada para fins medicinais. A quantidade presente na bebida, porém, serve apenas para deixá-la mais amarga, o que leva à necessidade de ser adoçada. Isso faz com que muitas opções de água tônica tenham mais calorias que os refrigerantes.

Já no caso da versão zero, a lógica também é a mesma dos refrigerantes: contém adoçantes artificiais e bastante sódio.

A seguir, veja outras bebidas gaseificadas que parecem água, mas não são:

Club soda: trata-se de uma água com gás infundida com outros minerais, como bicarbonato de sódio, citrato de sódio e sulfato de potássio.

Hard seltzer: essa bebida ficou famosa nos Estados Unidos e vem ganhando espaço no mercado brasileiro. Ela leva água gaseificada com sabor e uma pequena quantidade de álcool.



Água com gás incrementada vale mais

Imagem: Reprodução/Daily Ten Minutes

Para muitas pessoas que não têm o costume de beber água normal, a versão com gás pode ser uma alternativa mais saudável do que água tônica. "Ainda mais quando misturada com frutas", informa a nutricionista Mônica Beyruti.

No entanto, é importante lembrar que não é recomendado que a dose diária de água (cerca de dois litros) seja totalmente contemplada pela versão com gás. O ideal é consumir até 300 ml duas vezes na semana e, se possível, em pequenas doses ao longo do dia.

Em excesso, assim como qualquer líquido gaseificado, a água com gás pode fazer mal ao estômago. "Provoca uma inflamação na mucosa, tanto do esôfago quanto do estômago, irritando o local de forma mais aguda", explica Vanessa Prado, gastroenterologista e cirurgiã do aparelho digestivo. "Para quem tem refluxo pode ser pior ainda, porque o gás acaba fermentando no estômago e prejudicando a digestão do alimento."

Segundo a médica, o excesso de dióxido de carbono gera um estufamento. Então, para quem toma para ajudar na digestão, melhor rever o hábito. "Você só cria um problema maior: um processo de irritação no esôfago que pode resultar em uma esofagite ou uma gastrite", alerta.

Para facilitar a digestão, Prado indica água mineral sem gás com limão espremido ou um chá de camomila meia hora após a alimentação.

*Com informações de reportagens publicadas em 14/10/2019, 16/03/2018 e 25/07/2023


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