Deputado está em greve de fome: quanto tempo aguentamos ficar sem comer?

O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) está há quase seis dias em greve de fome e acampado na Câmara dos Deputados após ver avançar seu processo de cassação.

Apesar da greve, o parlamentar tem consumido soro fisiológico e outros líquidos como água, solução isotônica e água de coco a pedido da equipe médica, que visita o parlamentar duas vezes por dia. Braga também fez exames de sangue e de urina que, segundo sua assessoria, mostram que ele está bem de saúde.

Quanta tempo dá para ficar sem comer?

É difícil prever ao certo quanto tempo uma pessoa pode passar sem água ou alimentos. Isso porque depende da condição dela —se tem algum problema físico que diminua sua capacidade de resistência, por exemplo.

Sem água e comida, um homem não vive mais de três ou cinco dias, segundo estimativa dos médicos. O problema maior, na verdade, é ficar sem líquido. Manter-se hidratado é importante porque a água transporta as substâncias no nosso corpo, tanto para nos alimentar quanto para eliminar resíduos pela urina. Mas a reserva do organismo de água é muito baixa, então é preciso repor esse líquido com frequência.

Já com água e sem comida, caso do deputado, o caso fica menos grave. A condição prévia do corpo também conta, mas a pessoa pode ficar até 15 ou 20 dias de jejum, segundo médicos.

Quais os riscos de restrições?

Falta de alimento faz mal à saúde. Situação pode causar efeitos desagradáveis como irritabilidade, confusão mental, zumbidos, tonturas e até possíveis quedas. Outros riscos envolvem hipoglicemia, com o corpo queimando gordura para obter energia e, em seguida, os músculos.

Restrição de água é mais perigosa ao organismo. Desidratação causa uma redução no volume de sangue, fazendo com que ele fique mais espesso e exigindo mais do coração. Nessas condições, o sangue circula com menos eficiência e a velocidade com que o oxigênio e os nutrientes alcançam os músculos e órgãos é menor.

Além de ter redução no nível de consciência, o indivíduo também sofre com outras consequências. São elas: desequilíbrios hidroeletrolíticos (quando os níveis de hidratação e eletrólitos estão desajustados), arritmia, insuficiência renal, acúmulo de excretas (substâncias que o corpo precisa eliminar) e, por fim, a morte.

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