OMS alerta para risco de 2 milhões de mortes pelo coronavírus
O mundo pode registrar mais de dois milhões de mortes por coronavírus se não forem adotadas medidas para conter a propagação da infecção viral, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS). A marca de 1 milhão de mortos deve ser atingida neste fim de semana.
O mundo pode registrar mais de dois milhões de mortes por coronavírus se não forem adotadas medidas para conter a propagação da infecção viral, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS). A marca de 1 milhão de mortos deve ser atingida neste fim de semana.
Segundo o balanço atualizado pela agência AFP na manhã de sábado (26), 993.000 pessoas morreram em decorrência da Covid-19 e 32,5 milhões se contagiaram em todo o planeta. O levantamento incluiu 3.500 mortes notificadas pela Argentina na sexta-feira, o que eleva a 18.000 o número total de vítimas no país.
Apesar de a pandemia não apresentar sinais de desaceleração, o novo primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, afirmou na sexta-feira de maneira desafiante que seu país está decidido a celebrar os Jogos Olímpicos de Tóquio adiados para 2021.
"Um milhão é um número terrível e temos que refletir sobre isso antes de começar a considerar um segundo milhão", disse à imprensa o diretor de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, quando questionado sobre o quanto mais o número de mortes poderia aumentar. "Estamos preparados coletivamente para fazer o necessário e evitar esse número? Se não fizermos essas ações... sim, observaremos esse número e infelizmente um muito mais alto", alertou.
A pandemia multiplicou os esforços para obter uma vacina, com onze candidatas na fase final dos ensaios clínicos. Paralelamente, aumenta a polêmica sobre quem receberá primeiro os tão esperados imunizantes, caso algum projeto venha a se concretizar.
"Seja quem for que encontrar a vacina, deve compartilhá-la... é uma responsabilidade mundial e é uma responsabilidade moral", disse o primeiro-ministro australiano; Scott Morrison; na sexta-feira em um discurso virtual na Assembleia Geral da ONU.
Japão insiste com Jogos Olímpicos
A Europa enfrenta a maior aceleração da pandemia, com 295.000 novos casos diários registrados nesta semana. São 3% a mais do que na semana anterior.
Os Estados Unidos permanecem na liderança desse macabro ranking mundial, com mais de sete milhões de casos e mais de um quinto do total de infectados do planeta, apesar de representar apenas 4% da população mundial.
Na América Latina e Caribe, já foram registrados mais de 338.000 mortes e nove milhões de contágios. O Brasil é o país mais afetado da região, com cerca de 4,7 milhões de casos, e foi obrigado a suspender os desfiles de escola de samba do carnaval do Rio de Janeiro em 2021.
A pandemia interrompeu o calendário de eventos esportivos e culturais no mundo, incluindo os Jogos Olímpicos de Tóquio, adiados para 2021 e que o Japão afirmou estar determinado a realizar com ou sem vacina.
"No verão do próximo ano, o Japão está decidido a sediar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio como prova de que a humanidade derrotou a pandemia", disse o novo primeiro-ministro japonês na ONU, em seu primeiro discurso internacional desde que assumiu o cargo na semana passada. "Não medirei esforços para dar-lhes as boas-vindas aos Jogos, que serão seguros e confiáveis", acrescentou Suga em uma mensagem de vídeo.
Os contínuos picos de infecção em nível global levantam dúvidas sobre se será possível realizar o evento em 2021. A inauguração está prevista para 23 de julho.
Restrições e protestos na Europa
Na Europa, que registra mais de 230.000 mortes e onde vários países começam a enfrentar a temida segunda onda da pandemia, as restrições voltaram e uma parte da população protesta.
A Espanha, com mais de 700.000 casos, é o país da União Europeia com a pior incidência do vírus nas últimas duas semanas, com cerca de 300 casos a cada 100.000 habitantes. Em Madri, a taxa dispara para quase 750 casos por 100.000 habitantes.
Na França, os casos diários superaram pela primeira vez os 16.000, em um claro indicador do ressurgimento do vírus. O governo francês não descarta um "reconfinamento", alertou o primeiro-ministro Jean Castex.
Com informações da AFP
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