OMS recomenda dose de reforço para pessoas imunizadas com vacinas chinesas
Um comitê de peritos da OMS (Organização Mundial da Saúde) recomendou nesta segunda-feira (11) uma dose de reforço da vacina anticovid para as pessoas com 60 anos de idade ou mais que tenham sido imunizadas com fármacos das empresas chinesas Sinovac e Sinopharm. Os especialistas também preconizaram uma terceira dose para todos os imunodeprimidos, independentemente da idade ou do tipo de vacina administrada nas primeiras injeções.
Um comitê de peritos da OMS (Organização Mundial da Saúde) recomendou nesta segunda-feira (11) uma dose de reforço da vacina anticovid para as pessoas com 60 anos de idade ou mais que tenham sido imunizadas com fármacos das empresas chinesas Sinovac e Sinopharm.
Os especialistas também preconizaram uma terceira dose para todos os imunodeprimidos, independentemente da idade ou do tipo de vacina administrada nas primeiras injeções.
A recomendação é particularmente válida para o Brasil, que utiliza a CoronaVac em grande escala, produto desenvolvido pela Sinovac e fabricado em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. Até setembro passado, essa vacina chinesa era, junto com a AstraZeneca, a mais utilizada pelos brasileiros.
Segundo os especialistas da OMS, aqueles que receberam as vacinas Sinovac ou Sinopharm na primeira e segunda injeções poderão ser imunizados com uma dose de reforço fabricada por outro laboratório.
De acordo com um estudo recente, realizado no Uruguai, as pessoas vacinadas com a CoronaVac e que tomaram uma dose de reforço da Pfizer/BioNTech registraram um aumento de até 20 vezes no nível de anticorpos contra o coronavírus, em comparação com um esquema vacinal composto por apenas duas doses da vacina chinesa.
Imunodeprimidos
O comitê da OMS também recomenda uma dose adicional para todas as pessoas consideradas "moderadamente ou severamente imunodeprimidas". Essa classificação diz respeito àqueles cujo sistema de defesa não é suficientemente forte.
Segundo Kate O'Brien, diretora do Departamento de Imunização da organização, o objetivo é provocar uma resposta imunológica no organismo à altura da proteção necessária para impedir o desenvolvimento da forma grave da Covid-19, que requer hospitalização e pode levar à morte.
"Esta terceira dose deve ser aplicada com um intervalo de um a três meses após a segunda injeção", lembrou O'Brien. As vacinas autorizadas pela OMS requerem duas doses, com exceção do imunizante da Janssen, aplicado em dose única.
Os especialistas insistem que não se trata de uma campanha generalizada de doses de reforço. A OMS continua lembrando que, em muitos países, a distribuição de vacinas ainda é insuficiente. A prioridade é que todos recebam as duas primeiras doses antes de iniciar uma administração em massa de uma injeção de reforço.
(Com informações da AFP)
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