Covid-19: pesquisas apontam reinfecção com subvariante derivada da ômicron
O jornal Le Figaro desta quinta-feira (27) traz uma matéria sobre a subvariante BA.2, identificada em vários países europeus, entre eles, a França. Pesquisas realizadas na Dinamarca apontam para o poder de recontaminação desta linhagem em quem já foi infectado pela ômicron.
O jornal Le Figaro desta quinta-feira (27) traz uma matéria sobre a subvariante BA.2, identificada em vários países europeus, entre eles, a França. Pesquisas realizadas na Dinamarca apontam para o poder de recontaminação desta linhagem em quem já foi infectado pela ômicron.
O diário apresenta os resultados das primeiras pesquisas realizadas sobre a subvariante derivada da ômicron: "mais transmissível, mas não mais grave", afirma. Essa também é a forma como a BA.2 é apresentada pelas autoridades sanitárias dinamarquesas - que têm um sistema de rastreamento virológico de ponta.
A ômicron se propaga a toda velocidade pelo mundo inteiro desde que foi identificada pela África do Sul, no final de novembro de 2021. Mas a BA.2 tem um potencial de contágio ainda maior, representando 65% dos casos positivos atualmente na Dinamarca. Esse pequeno país de 6 milhões de habitantes tem hoje a maior taxa de infecção de Covid-19 na Europa, com "45 mil mil pessoas contaminadas todos os dias", ressalta Le Figaro.
Em entrevista ao jornal, Anders Fomsgaard, chefe do laboratório de pesquisa e desenvolvimento sobre vírus do Instituto Nacional de vacinas da Dinamarca, confirma que a BA.2 é realmente mais contagiosa que a ômicron. Segundo ele, traços desta subvariante foram encontrados em amostras coletadas no país em 1° de novembro, ou seja, três semanas antes de a ômicron ser formalmente identificada na África do Sul.
No entanto, apesar de provocar o aumento de infecções benignas, o especialista indica que até o momento não foi estudado, por exemplo, quais faixas etárias são mais atingidas pela subvariante, o nível de imunização das pessoas contaminadas e se a BA.2 resulta em mais hospitalizações que a ômicron.
O que as pesquisas dinamarquesas puderam apontar, por enquanto, é que há mais diferenças entre a ômicron e a BA.2 do que entre a variante alfa e a cepa original vinda da China.
Esse dado é fundamental porque poderia ocorrer uma reinfecção pela BA.2 em quem já foi contaminado pela ômicron: "uma possibilidade teórica", afirma Anders Fomsgaard, enfatizando que outros estudos estão sendo realizados neste momento sobre essa questão. A previsão é que os resultados sejam obtidos em até duas semanas.
O ministro francês da Saúde, Olivier Verán, também apontou para o "potencial poder de recontaminação" da BA.2. Em entrevista à TV francesa, ele declarou na terça-feira (25) que "as células humanas já expostas à ômicron poderiam não reconhecer a subvariante".
Até o momento, a França identificou 60 infecções pela BA.2. No entanto, o próprio ministro salienta que esse número pode não representar a realidade. "A experiência com a ômicron nos mostrou que podemos ter milhares de casos em alguns dias ou semanas", explicou Oliver Verán.
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