Segundo Felipe Ades, oncologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, não há estudos científicos que associem o uso de sutiãs apertados e o surgimento de tumores na mama. A suposição surge da falsa ideia de que o sutiã comprime os vasos sanguíneos e isso faz com que toxinas se acumulem nos seios. Porém, isso nunca foi comprovado.

Uma pesquisa publicada no JAMA (Journal of the American Medical Association) apontou que praticar exercícios regularmente reduz em 7% o risco de desenvolver câncer de mama em 7%. Para garantir esse e vários outros benefícios à saúde trazidos pelo esporte, a recomendação é realizar ao menos 30 minutos de atividade física, cinco vezes por semana.

Os principais órgãos de saúde do mundo não recomendam mais o autoexame como método de diagnóstico do câncer de mama, pois muitas vezes o teste só identifica tumores em estágio avançado ?mas a avaliação pode e deve continuar sendo feita pelas mulheres regularmente como forma de conhecer melhor o corpo. Segundo o Inca, para detecção precoce do câncer de mama é importante consultar-se regularmente com um ginecologista e realizar a mamografia anualmente após os 50 anos (ou até antes, conforme orientação médica, para quem tem histórico da doença na família).

Não há estudos científicos relevantes que associem o uso de próteses de silicone com um maior risco de câncer de mama. Alguns casos de linfoma anaplásico já foram relacionados com o silicone, mas o problema é raro.

Grande parte dos nódulos na mama corresponde a lesões benignas ou cistos. Portanto, caso encontre um "caroço" no seio, não se desespere: o ideal é consultar um mastologista ou ginecologista para investigar seu caso.

Fatores genéticos corresponderem a apenas 12% dos casos de câncer. No entanto, a hereditariedade aumenta em 80% a probabilidade de ter um tumor. Um aliado na prevenção é o mapa genético, um exame que pode ser feito por meio da análise de fluidos corporais com material genético, como sangue e saliva.

Ter uma alimentação saudável ajuda não apenas a prevenir o câncer de mama, como também vários tipos de tumores. Ainda que não seja um fator determinante, consumir frutas, verduras, legumes e reduzir a ingestão de embutidos, alimentos ultraprocessados e álcool é algo recomendável e, aliado à prática de exercícios e o controle do peso, reduz em até 40% as chances de desenvolver um câncer.