Sede excessiva, perda de peso e aumento da frequência urinária. Os sintomas do diabetes são relatados desde o Antigo Egito, em meados dos anos 1500 a.C. Já a solução para a doença viria séculos depois, mais precisamente em 1921, ano em que a insulina foi descoberta por médicos canadenses que tentavam regular a glicose no sangue de cães. O estudo rendeu o prêmio Nobel de Medicina.
Atualmente, 100 anos após essa descoberta, os números assustam: o diabetes atinge cerca de 15 milhões de brasileiros. No mundo, são quase 500 milhões de pessoas com diabetes tipo 1 (ausência da produção de insulina devido a alterações nas células do pâncreas) ou do tipo 2 (fatores genéticos que causam resistência à ação do hormônio ou ambientais, como má alimentação, obesidade e sedentarismo), e gestacional (taxas de açúcar no sangue ficam acima do normal durante a gravidez). Todos eles dependem, em maior ou menor grau, da insulina para o controle da doença.
A boa notícia é que o tratamento para os diabéticos evoluiu muito. Hoje, temos a produção de insulinas mais fisiológicas; com diferentes tipos, é possível evitar a hipoglicemia com ajustes de doses de acordo com cada organismo. Também está à disposição dos diabéticos a chamada insulina de ação ultrarrápida, que se torna ativa quase imediatamente e pode ser aplicada logo antes das refeições. E, para quem tem pavor de agulhas, a esperança está apontada para os testes com a insulina em cápsula.
Em outra ponta, a do monitoramento da curva glicêmica, estão os novos aplicativos gratuitos para celular, que ajudam a calcular a dose necessária de insulina, contar carboidratos e registrar dados (veja a lista mais abaixo). O controle dos níveis de glicose no sangue é essencial para evitar as sérias complicações que a doença pode trazer.
Descubra como, ao longo de um século, a evolução da insulina melhora a qualidade de vida dos diabéticos no mundo todo.